Os crimes mais comuns são a clonagem de WhatsApp, a tática do boleto falso, golpes em sites de relacionamento e uma das ferramentas mais atuais, o Pix
Os crimes cibernéticos, também chamados de crimes eletrônicos, apontam crescimento no Brasil. A informação é da Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, uma ferramenta que coleta e analisa incidentes de segurança cibernética no mundo.
Segundo os dados, no Brasil, somente no primeiro semestre do ano passado, ocorreram mais de 2,6 bilhões de ataques cibernéticos. Por isso, a atenção das pessoas é fundamental.
Os crimes mais comuns em âmbito eletrônico são a clonagem de WhatsApp, a tática do boleto falso, golpes envolvendo sites de relacionamento e uma das ferramentas mais atuais, o pix.
Sobre isso, o advogado criminalista Diego Campos Maciel ressalta que os cidadãos precisam ficar atentos diante de qualquer atividade fora da normalidade. “Hoje a Internet e o mundo da tecnologia nos possibilitam diversas facilidades. Um smartphone possui todas as nossas redes sociais, aplicativos de bancos, relacionamentos, entre outros. É necessário um pouco mais de cuidado ao utilizar e coisas simples, como a criação de senhas fortes e o não acesso de aplicativos em computadores e aparelhos desconhecidos já poderá inibir os golpes”, orienta.
Para evitar a clonagem de WhatsApp, o advogado explica que a própria rede auxilia. “É orientado que as pessoas coloquem em prática a confirmação em duas etapas, além disso não se deve fornecer para terceiros o código verificador que você recebe via SMS em seu celular e, principalmente, deve ser a citado instalar aplicativos pessoais em outros aparelhos, e desconfie também de pedidos de transações financeiras. Em caso de golpe, a orientação é que a vítima procure uma delegacia mais próxima para registro”, ressalta.
O golpe do boleto falso é costumeiro e muitas pessoas ainda caem. “A tática é a criação de um boleto falso, no qual o dinheiro cairá em outra conta, não na que possui o destinatário correto. Neste caso, o ideal é entrar em contato com o banco e bloquear este valor, além disso é necessário possuir o comprovante de pagamento. A delegacia de Polícia Civil, após registro do boletim de ocorrência, passa a investigar o autor do golpe”, afirma.
Sobre o Pix, que é uma transação financeira, a atenção deve ser redobrada. “As pessoas devem ficar atentas e não entrar em sites, ou instale no celular aplicativos desconhecidos. Esse é a principal dica para evitar golpes envolvendo o Pix, já que está tão costumeira essa utilização”.
Conforme Diego Campos Maciel, em caso de golpe às vítimas podem também procurar um advogado de sua confiança. “É importante que as pessoas tenham esse suporte jurídico para os culpados serem penalizados pela prática indevida”, finaliza.