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POLÍTICA
19/08/2025 20h27

Alesc cria grupo técnico para tratar da regularização fundiária na APA da Baleia Franca

Grupo vai discutir soluções para a regularização de imóveis em áreas dentro da APA da Baleia Franca, que abrange seis municípios do litoral catarinense

Foto: Daniel Conzi/Agência AL

A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) vai integrar um grupo técnico (GT) para discutir a regularização fundiária urbana (Reurb) em municípios localizados dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca. O encaminhamento foi definido durante reunião da Comissão de Assuntos Municipais, realizada na manhã desta terça-feira (19).



O deputado Tiago Zilli (MDB), presidente da Comissão de Assuntos Municipais, repassou ao colega Marquito (Psol), presidente da Comissão de Meio Ambiente, a missão de conduzir os trabalhos. Marquito já destinou R$ 200 mil em emenda parlamentar à Unesc para apoiar pesquisas e levantamentos que darão base ao GT.



Projetos-piloto no Sul do Estado



Estão previstos projetos-piloto em três localidades: Balneário Campos Verdes e Camacho, em Jaguaruna, e no Farol de Santa Marta, em Laguna. A ideia é que essas experiências sirvam de modelo para outros municípios da região.

“Nosso objetivo é criar espaços de conciliação e resolver conflitos, conseguir entregar títulos de regularização de imóveis”, destacou Marquito.



APA da Baleia Franca



A APA da Baleia Franca é uma unidade de conservação criada para proteger áreas de reprodução da espécie no litoral catarinense. Com 156 mil hectares, sendo 34 mil terrestres e 120 mil marítimos, abrange os municípios de Rincão, Jaguaruna, Laguna, Imbituba, Garopaba e Paulo Lopes.



Além da proteção às baleias, a unidade também preserva ambientes frágeis como restingas, dunas, banhados e lagunas, fundamentais para a biodiversidade e para a estabilidade da zona costeira.



Desafios para a regularização



Entre os principais problemas relatados por prefeitos estão a insegurança jurídica quanto aos limites da APA, a sobreposição de legislações ambientais e a dificuldade para regularizar imóveis ou autorizar obras. Em muitos casos, moradores sofrem com cortes de energia e falta de perspectiva para manter suas propriedades.



O deputado Volnei Weber (MDB) manifestou posição contrária à manutenção da APA nos moldes atuais. “Pessoas com histórias de vida nos locais hoje com ocupações contestadas se sentem sem perspectivas”, afirmou.


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Órgãos envolvidos



Participaram da reunião representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público de Santa Catarina, ICMBio, Conselho Gestor da APA, Serviço de Patrimônio da União e das prefeituras de Jaguaruna, Laguna e Imbituba.



O procurador do MP-SC, Paulo Locatelli, ressaltou que há esforços para garantir o direito de titulação do único imóvel de famílias de baixa renda. Já o procurador do MPF, Demerval Ribeiro Vianna Filho, destacou a busca por soluções pacíficas para os conflitos existentes.



Segundo o prefeito de Jaguaruna, Laerte da Silva dos Santos (Podemos), é preciso revisar o plano de manejo da área. O ICMBio, por sua vez, reforçou a importância de respeitar a legislação ambiental vigente.



O grupo técnico deve se reunir novamente nas próximas semanas para alinhar os primeiros passos do trabalho.



 



 



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Fonte: Redação/ALESC
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