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GERAL
06/02/2021 10h29

Caso Diego Scott: o que dizem os PMs envolvidos na ocorrência

Homem de 39 anos está desaparecido há três semanas

Completados três semanas do desaparecimento de Diego Scott nesta sexta-feira (05), o caso ainda continua sem respostas. Recentemente familiares e a polícia acompanharam uma operação de esvaziamento de uma piscina desativada na praia do Gi, que não resultou em novidades.

Durante uma discussão familiar entre ele e o pai, Edson Scott, a Polícia Militar (PM) foi acionada para apartar a situação. De acordo com a esposa, Alexsandra Joaquim, 41, isso era recorrente e Diego, que é dependente químico, era sempre liberado.



Dois policiais foram até a casa onde a discussão ocorria, no bairro Progresso, conversaram com a família e levaram Diego na viatura. Mas no boletim de ocorrência, a versão oficial era de que o homem havia se “evadido do local” e não estava presente na hora da lavratura do documento.



Depoimentos dados pelos dois policiais em 18 de janeiro, três dias depois da ocorrência, mostram que eles mantiveram a versão. Um dos militares registra no depoimento que “já conhecia Diego pelo fato de ser usuário de drogas e também de ter atendido várias ocorrências na casa do mesmo. Que também já conhecia o sr. Edson de ocorrências anteriores da mesma natureza”. No mesmo dia, mais cedo, a polícia já havia sido chamada na residência da família e que durante a tarde fora acionada novamente. Ainda segundo o agente, o pai de Diego e a mãe, Maria da Graça, foram orientados a representar contra o filho e pedir medida protetiva, mas não quiserem seguir adiante.



 “Quando saíram da casa, observaram que Diego estava gritando na esquina. Que colocou no boletim de ocorrência que Diego não estava no local porque quando lavraram o procedimento, ele já havia saído”, registra o depoimento deste policial. O relato prossegue com a informação de que o BO foi lavrado na casa de Edson Scott e que ao sair do local, não havia sinal do desaparecido”.



O desaparecido não tinha nada de ilícito consigo, conforme a revista realizada mostrou. “Objetivo dessa condução era para que Diego não retornasse mais na casa de seu pai, evitando maiores incomodações naquele dia. Que soltaram Diego nas imediações do Laguna Internacional em uma estrada de chão, que fica cerca de 100 a 300 metros da via principal. Que neste local apenas retiraram as algemas de Diego e disseram para não incomodar mais. Que a guarnição do depoente não fez uso de spray de pimenta, nem qualquer outro equipamento”.




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“Durante o trajeto, o depoente e seu parceiro foram conversando com Diego e este foi se acalmando, de modo que quando o soltaram, Diego já estava mais calmo”. Segundo o depoimento, os policiais voltaram à casa de Edson para a entrega do documento, em viagem que durou 15 minutos, e foram questionados pela mulher que os atendeu se o desaparecido havia sido preso. “A guarnição PM disse que não pois não haveria motivo” e continuou “as rondas rotineiras até o final do turno de serviço”.



Diferente do primeiro depoimento, este teve acompanhamento do advogado de defesa dos soldados. “O escrivão do depoimento registrou que o “defensor do depoente solicitou a consignação neste depoimento de que algumas pessoas teriam comentado ter visto Diego nos dias posteriores à abordagem policial” e que “a informação repassada à guarnição do PPT e ao subcomandante do Batalhão”.



 Corporação da PM confirma que houve a mudança nas versões


“O que nós temos de fato até agora: ele foi colocado na viatura policial militar e não foi levado para uma repartição pública. O que aconteceu a partir dali ainda é um mistério. Destaca o subcomandante, major Josias Machado. E completa: “Se for provada alguma situação, eu reafirmo: a PM é intransigente com quem transgride a lei, seja o civil, seja o policial militar”.



O oficial ressalva que possíveis punições aos agentes só serão definidas após a conclusão do inquérito investigativo e ressalta que a PM tem feito várias ações visando auxiliar na resolução do caso.



“As diligências que surgem são resultado de informações sobre o paradeiro dele e são apuradas com todas as nossas forças. Já colocamos o canil, a Rocam e até mesmo o helicóptero Águia, que veio para a Operação Veraneio, já fez diversas buscas aqui pela região, tentando localizar vestígios do Diego Bastos Scott, mas, infelizmente, não conseguimos nenhum indício”. Buscas em hospitais e clínicas da região também foram feitas, assim como em Florianópolis e Criciúma, onde informações disseram que ele poderia estar.


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Fonte: Agora Laguna / Polícia Militar
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