Dois empresários do ramo funerário foram presos preventivamente, e outros dois homens foram detidos em flagrante: um pela posse da ossada e outro por porte ilegal de arma de fogo
Foto: MPSC/Divulgação
Uma ossada humana foi encontrada durante uma operação que investiga um esquema de extorsão e monopólio ilegal no setor funerário em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A descoberta ocorreu na quarta-feira (27), em uma residência onde um dos quatro homens presos foi flagrado com os restos mortais ocultos no forro da casa. A origem e identidade da ossada estão sendo investigadas.
A operação, batizada de Cortejo, é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Chapecó e Nova Erechim. Dois empresários do ramo funerário foram presos preventivamente, e outros dois homens foram detidos em flagrante: um pela posse da ossada e outro por porte ilegal de arma de fogo.
Monopólio e extorsão
De acordo com o GAECO, a investigação revelou que os empresários formaram uma aliança para controlar o mercado funerário local por meio de extorsão, ameaças e uso de armas de fogo, impedindo a entrada de novas empresas e estabelecendo preços elevados. O objetivo seria eliminar a concorrência e dominar o setor na região.
Durante as buscas, além da ossada, foram apreendidos dinheiro, armas e munições. Os investigados podem responder por crimes como extorsão, porte ilegal de arma, organização criminosa e violação da ordem econômica.
O GAECO ressaltou que o monopólio afeta diretamente as famílias enlutadas, explorando sua vulnerabilidade emocional com preços abusivos e serviços de qualidade inferior. “A falta de concorrência no setor pode agravar ainda mais o sofrimento dessas famílias”, destaca o grupo.
As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e apurar a procedência dos restos mortais encontrados.
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