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SAÚDE
28/09/2021 11h26

HNSC monitora casos de bactéria super-resistente

No mês de setembro, três pessoas morreram em decorrência da infecção

Após murmúrios de que o Hospital Nossa Senhora da Conceição em Tubarão tinha casos graves de infecção por uma bactéria multirresistente, a assessoria de comunicação do hospital enviou nesta segunda-feira (27) uma nota oficial a imprensa. 



Comunicado



“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu no dia 01 de setembro um comunicado de risco para todas as instituições de saúde do país sobre a informação de registro de casos de Pseudomonas Aeruginosa resistente a carbapenêmicos associada aos genes blaKPC e blaNDM. A solicitação pedia o reforço e a vigilância em todos os serviços de saúde a estes agentes.



No Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, foram enviadas amostras ao LACEN – Laboratório Central de Saúde Pública de casos monitorados de bactérias multirresistentes que apresentavam este perfil, sendo que nove pacientes confirmaram infecção por esta bactéria. Destes, três vieram a óbito e seis tiveram alta hospitalar.



Há 10 dias a própria Vigilância Sanitária do Estado esteve fazendo uma fiscalização no HNSC em relação ao caso.



O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) informa que são enviadas amostras ao LACEN-SC semanalmente para controle e vigilância de bactérias multirresistentes, garantindo a segurança aos pacientes que estão internados no HNSC.



Atualmente não há casos confirmados de Pseudomonas Aeruginosa resistente a carbapenêmicos associada aos genes blaKPC e blaNDM na instituição, mas existem pacientes em vigilância e aguardando confirmação laboratorial”.



Os casos prováveis estão sendo monitorados dentro do hospital. 


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As superbactérias são bactérias que adquirem resistência a diversos antibióticos devido ao uso incorreto desses medicamentos, sendo também conhecidas como bactérias multirresistentes. O uso incorreto ou frequente de antibióticos pode favorecer o surgimento de mutações e mecanismos de resistência e adaptação dessas bactérias contra os antibióticos, tornando o tratamento difícil.



As superbactérias são mais frequentes em ambiente hospitalar, principalmente centros cirúrgicos e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido ao sistema imunológico mais enfraquecido dos pacientes. Além do uso indiscriminado de antibióticos e sistema imunológico do paciente, o aparecimento de superbactérias também está relacionado com os procedimentos realizados dentro do hospital e hábitos de higienização das mãos, por exemplo.



Superbactérias: o que são, quais são e como é o tratamento



Principais superbactérias



As bactérias multirresistentes são encontradas com mais frequência em hospitais, principalmente em UTIs e centros cirúrgicos. Essa multirresistência acontece principalmente devido ao uso errado dos antibióticos, seja interrompendo o tratamento recomendado pelo médico ou usando quando não é indicado, dando origem às superbactérias, sendo as principais:



Staphylococcus aureus, que é resistente à Meticilina, sendo denominada MRSA. Saiba mais sobre o Staphylococcus aureus e como é feito o diagnóstico;

Klebsiella pneumoniae, também conhecida como Klebsiella produtora de carbapenemase, ou KPC, que são bactérias que conseguem produzir uma enzima capaz de inibir a atividade de alguns antibióticos. Veja como identificar e tratar a infecção por KPC;



Acinetobacter baumannii, que pode ser encontrada na água, solo e ambiente hospitalar, sendo algumas cepas resistentes aos aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e beta-lactâmicos;



Pseudomonas aeruginosa, que é considerado um microrganismo oportunista causando infecção principalmente nas UTIs em pacientes como o sistema imunológico comprometido;



Enterococcus faecium, que normalmente causa infecções do trato urinário e intestinal em pessoas que estão internadas;



Proteus sp., que está relacionada principalmente com infecções urinárias nas UTIs e que vêm adquirindo resistência a diversos antibióticos;



Neisseria gonorrhoeae, que é a bactéria responsável pela gonorreia e algumas cepas já foram identificadas como multirresistente, apresentando maior resistência à Azitromicina, e, por isso, a doença causada por essas cepas é conhecida como supergonorreia.



Além dessas, há outras bactérias que estão começando a desenvolver mecanismos de resistência contra antibióticos que normalmente são utilizados no tratamento das suas infecções, como por exemplo a Salmonella sp., Shigella sp., Haemophilus influenzae e Campylobacter spp. Dessa forma, o tratamento torna-se mais complicado, já que há dificuldade para combater esses microrganismos, e a doença mais grave.


Fonte: Redação/ Tuasade.com
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