Novo mutirão encontra 30 escorpiões em uma só noite no bairro Santa Luzia
O número de escorpiões amarelos (Tityus serrulatus) capturados no bairro Santa Luzia, em Braço do Norte, chegou a 92 após um novo mutirão noturno realizado pela Vigilância Epidemiológica na terça-feira (3). Somente nesta última ação, foram encontrados 30 exemplares da espécie considerada a mais venenosa da América do Sul.
Desde a primeira vistoria no local, foram 11 escorpiões capturados, somando-se a mais 15 localizados por moradores, 11 no segundo mutirão, 25 na semana passada e agora outros 30. O crescimento acelerado dos registros acende um alerta para a gravidade da infestação, que vem sendo monitorada com lanternas de luz negra — equipamento que ajuda a identificar os escorpiões durante o período de maior atividade, à noite.
“Estamos mantendo uma rotina intensa de fiscalização para conter a proliferação. A situação é séria e exige atenção contínua”, afirma a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Nágila Morgan.
A mobilização envolve não apenas a Secretaria de Saúde, mas também toda a administração municipal. O secretário Michell Sombrio destaca que o município está adotando medidas técnicas e rápidas, como o mapeamento de áreas críticas, orientação às famílias e novas fiscalizações. “A segurança da população é nossa prioridade”, reforça.
O prefeito Laurinho Boeing também se manifestou sobre o esforço da gestão. “Estamos tratando o problema com responsabilidade e de forma integrada. Estamos mobilizados e atuando para garantir que a situação seja controlada o mais breve possível”, afirmou.
A Secretaria de Saúde reforça a importância da participação da comunidade: manter quintais limpos, vedar frestas e ralos, evitar o acúmulo de materiais e eliminar fontes de alimento para os escorpiões, como baratas. Em caso de avistamento, a recomendação é não tentar capturar o animal e acionar imediatamente a Vigilância Epidemiológica.
Perigo silencioso
O escorpião-amarelo é nativo do Brasil e se reproduz por partenogênese — ou seja, fêmeas geram filhotes sem a presença de machos. Cada uma pode gerar até 70 filhotes por ano, o que torna o controle ainda mais difícil. Por isso, o trabalho da Vigilância continua, com ações previstas para os próximos dias.
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