Protocolo padroniza o atendimento às vítimas, fortalece a rede de proteção e busca garantir acolhimento ágil, seguro e humanizado em Braço do Norte
Braço do Norte conta agora com um fluxograma de atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica, criado por diversas entidades que compõem a rede de proteção à mulher, sob coordenação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O protocolo padroniza as etapas de acolhimento, define claramente os papéis dos setores envolvidos e busca garantir uma resposta rápida, humanizada e eficaz, evitando a revitimização das vítimas.
A iniciativa fortalece a integração entre órgãos como saúde, segurança pública, assistência social e sistema de justiça. Segundo a promotora de Justiça Daianny Cristine Silva Azevedo Pereira, a atuação em rede permite que a mulher não precise repetir sua história várias vezes, garantindo acolhimento qualificado desde o primeiro contato. O fluxograma também possibilita o monitoramento contínuo dos atendimentos, identificando falhas e promovendo melhorias.
Além da criação do protocolo, a rede de proteção tem atuado de forma contínua no enfrentamento à violência de gênero. Participam da articulação órgãos públicos e entidades da sociedade civil, como Hospital Santa Teresinha, OAB, Polícia Civil e Militar, CRAS, CREAS, CDL, entre outros. Em reuniões mensais, o grupo planeja políticas públicas e ações de conscientização. Entre os destaques estão a criação do Conselho da Mulher e o planejamento das atividades do Agosto Lilás.
O Conselho da Mulher, previsto para ser oficialmente instituído em agosto, atuará como um órgão consultivo e propositivo, responsável por acompanhar e fiscalizar políticas públicas voltadas à defesa dos direitos das mulheres. Composto por representantes do poder público e da sociedade civil, o conselho funcionará como um espaço de diálogo, articulação e controle social, promovendo a igualdade de gênero e o combate à violência.
Em paralelo, a rede já organiza a programação do Agosto Lilás, campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher. Estão previstas ações em escolas, redes sociais, ruas e instituições públicas, com foco em informação e prevenção. A mobilização visa divulgar os mecanismos de proteção previstos na Lei Maria da Penha e reforçar a importância do acolhimento às vítimas.
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