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GERAL
08/02/2021 10h11

Brasil avalia importar gado em pé do Paraguai para conter escassez de animais

Ministério da Agricultura analisa pedido feito pela indústria de Mato Grosso do Sul, que relata ociosidade devido à queda nos abates. Pasta já contatou governo paraguaio

O Ministério da Agricultura está analisando a possibilidade de importação de gado em pé do Paraguai por frigoríficos brasileiros. A demanda veio do Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicade-MS), que representa 20 plantas e tem buscado preencher escalas de abate em meio à oferta apertada de gado terminado.



O vice-presidente do sindicato, Regis Luís Comarella, disse que as unidades do Estado têm operado com ociosidade de mais de metade da capacidade produtiva por causa da escassez de matéria-prima. "Estamos praticamente fora do mercado. O pouco volume de boi que ainda tem está muito caro e a conta dos frigoríficos não fecha", afirmou.



Ele lembrou que a estiagem verificada no ano passado atrasou a recuperação do pasto, levando muitos pecuaristas a confinarem animais em vez de optarem pela terminação a pasto. Nesse sentido, a boiada gorda que foi confinada chegou antes ao mercado, reduzindo a oferta neste momento.



Outro ponto de atenção em relação à oferta é o ciclo de retenção de fêmeas, que Comarella acredita vai continuar pelos próximos dois anos, dada a valorização do bezerro. Na visão dele, o cenário de preços também não deve mudar tão cedo, já que a esperada safra de boi não deve trazer abundância de oferta.

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É por isso que o SicadeMS tenta junto ao ministério uma autorização para importar boi gordo do Paraguai, onde a arroba do animal está mais barata do que no Brasil: US$ 42 (cerca de R$ 230), ante uma média de R$ 300 em São Paulo - base indicador Cepea/Esalq do boi gordo.



A liberação, contudo, não é tão simples. O próprio Comarella admite saber de uma série de regulações para tornar viável a comercialização que, segundo ele, "desafogaria o Estado, que tem várias plantas próximas da fronteira entre os dois países".



Além disso, o vice-presidente do sindicato reforçou que esses animais importados serviriam apenas para abastecer o mercado interno, sem atender aos requisitos para exportação.



Em nota, o Ministério da Agricultura informou que o tema vem sendo tratado com o governo paraguaio e, caso os entendimentos entre as partes cheguem a uma autorização de importação, isso valerá para qualquer empresa que cumpra os requisitos sanitários estabelecidos.



"O Paraguai é um país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa com vacinação em todo o seu território. Dessa maneira, cumpre, plenamente, todas as exigências brasileiras para a importação (pelo Brasil) de carne bovina", acrescentou a pasta.



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Fonte: Revista Globo Rural
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