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12/06/2025 12h10

Amor é química: psiquiatra explica como o cérebro reage quando nos apaixonamos

Em entrevista no Dia dos Namorados, Dr. João Eugênio fala sobre as fases do amor e como os hormônios influenciam nossa mente e corpo



Divulgação Portal Hora Hiper

Na manhã desta quinta-feira, 12 de junho, Dia dos Namorados, o psiquiatra Dr. João Eugênio participou de uma entrevista especial para falar, de forma técnica e acessível, sobre o que é o amor do ponto de vista da neurociência. Segundo ele, o amor é muito mais uma reação química do que algo ligado ao coração, como costumamos imaginar.

“O amor não acontece no coração, acontece no cérebro. Mas como o coração é vital, usamos ele como símbolo”, explicou o psiquiatra. Ele disse que o amor envolve vários hormônios e substâncias químicas que alteram nossa percepção, comportamento e até a forma como sentimos prazer.

As três fases do amor

O Dr. João dividiu o amor em três fases principais:

Atração/Paixão:

Essa é a fase inicial, onde há liberação de dopamina (hormônio do prazer) e noradrenalina, que gera ansiedade e aquele famoso "frio na barriga". Ele compara essa fase com uma dependência química: “Quando você está apaixonado e se afasta da pessoa, o corpo sente como se faltasse algo, igual a um dependente sem a droga”.

Vínculo e Apego:

Nessa etapa, o amor se torna mais calmo e racional. Entra em ação a ocitocina (hormônio do afeto, também liberado no parto e amamentação) e a vasopressina, responsáveis pelo apego e cuidado. É aqui que o relacionamento fica mais estável e duradouro.

Companheirismo e Estabilidade:

Ainda que não citada como terceira fase de forma direta, o psiquiatra reforça que o amor maduro depende da química e do cuidado contínuo entre os parceiros.

 


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Amor protege a saúde mental

O especialista também destacou que amar faz bem para a saúde. “Pessoas que amam têm oito vezes menos chances de desenvolver problemas emocionais. O amor é um fator de proteção até contra o suicídio”, afirmou.

Diferenças e semelhanças nos relacionamentos

Sobre casais diferentes, o psiquiatra explicou que, quando uma pessoa mais impulsiva se relaciona com outra mais racional, elas podem se complementar. “Cada um oferece o que o outro precisa”, disse.

Ele também falou sobre o amor entre pessoas do mesmo sexo. Segundo a neurociência, a resposta química do corpo é a mesma: “A excitação e os hormônios liberados são idênticos, independentemente do gênero do parceiro”.

Sofrimento após o fim

Sobre términos de relacionamento, Dr. João disse que o sofrimento vem, em parte, pela falta da dopamina que a relação trazia. Algumas pessoas sofrem mais porque têm áreas cerebrais mais sensíveis. Outras, com mais ocitocina, tendem a aceitar melhor a separação.

Ele alertou ainda sobre os perigos do amor obsessivo, relacionado à serotonina em níveis desequilibrados. “O amor não deve ser tóxico, deve ser prazeroso para os dois lados.”

 


Fonte: Redação
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