2.194 morreram atingidas por raios e 43% no Verão. Chance de uma pessoa perder a vida é de uma em 25 mil. Parece pequena.
Além de ser o País que lidera em ocorrência de descargas elétricas, com 78 milhões de incidências, o Brasil também se destaca em quantidade de mortes devido à queda de raios, e ocupa o 7º lugar mundial. A orografia e extensão territorial são muito favoráveis para que haja formação de nuvens convectivas, responsáveis pelas tempestades com descargas elétricas.
Segundo um material produzido pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat/Inpe), imagem acima, até 2019 o Brasil registrou 2.194 mortes devido às descargas elétricas e cerca de 43% dessas mortes ocorreram durante o Verão. Os dados estatísticos levantados mostraram que a chance de uma pessoa morrer atingida por um raio no Brasil é de uma em 25 mil.
Embora pareça pequena, para esclarecer, o coordenador do Elat comparou essa probabilidade com a de um ser humano ser mordido por um cachorro que é uma em 100 mil. Ele ressaltou que as chances aumentam em até 2,5 vezes se a pessoa estiver desprotegida em uma área descampada durante uma tempestade, que costuma produzir cerca de três raios por minuto.
Assim, em 30 minutos a probabilidade de morrer atingido por um raio foi de uma em 25 mil para uma em 10 mil.
A Primavera e o Verão representam juntos 76% dos casos, dando destaque para a Região Sudeste com um total de 327 mortes. Essas estações, por serem as mais quentes, proporcionam uma maior facilidade na formação de nuvens de tempestade, devido às temperaturas mais elevadas e a umidade disponível, variáveis fundamentais para alimentar uma nuvem e a formação de raios.
Além disso, dados do Inpe destacam que o número aumenta significativamente em anos de El Niño e La Niña.
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