Os dois docentes do curso de Física da UFSC foram acusados de fraude em licitação em 2017
Dois professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ambos do curso de Física, tiveram pedidos de absolvição feitos em seu favor pelo Ministério Público Federal (MPF). Eles foram denunciados pelo órgão em 2019 no âmbito da Operção Ouvidos Moucos, que apurou a suspeita de desvio de recursos públicos da universidade.
Reitor da UFSC na época, Luiz Carlos Cancellier de Olivo também foi alvo de investigação da Polícia Federal. Ele chegou a ser preso preventivamente e afastado das suas atividades, comentendo suicídio em outubro de 2017. Em junho de 2023, seis anos após a sua morte, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) em relação às irregularidades reconheceu a inocência de Cancellier..
Em documento publicado em 31 de janeiro deste ano, o MPF também reconheceu a falta de comprovação das acusações contra os professores. A operação, deflagrada pela Polícia Federal em 2017, investigava um esquema de desvio de recursos públicos e fraude em licitações da UFSC. A verba sob suspeita totalizava cerca de R$ 80 milhões.
Segundo a denúncia do MPF, as fraudes ocorreram entre 2008 e 2017. Servidores e professores da UFSC faziam simulações e contratações de serviços de locação de veículos com motorista, beneficiando duas empresas de turismo.
No entanto, conforme o MPF, essas contratações ocorriam sem qualquer cotação de preços e tinham como base os orçamentos fornecidos pelas próprias agências, na grande maioria das contratações, sem verificação da cotação de mercado, o que permitia o superfaturamento.
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