No fim da noite desta quarta-feira, o Júri Popular deu a sentença. Crime causou grande comoção e teve repercussão nacional
O julgamento de Rozalba Maria Grime, 28 anos, condenada pela morte da professora Flavia Godinho, em um crime que causou grande comoção em Santa Catarina e no Brasil, durou mais de 15 horas.
No fim da noite desta quarta-feira (24), o Tribunal Popular do Júri decidiu, de maneira unânime, pela condenação da ré por homicídio com cinco qualificadoras contra a mãe, além de homicídio qualificado tentado contra o bebê, na ocasião, com 36 semanas no ventre da mãe. Além disso, ela também deverá cumprir pena por mais quatro crimes relacionados aos dois homicídios.
As penas somam 56 anos e 10 meses de prisão em regime inicial fechado, mais oito meses de detenção.
A ré pode recorrer da sentença, mas não em liberdade, pois já cumpre prisão preventiva pelos crimes e os motivos que levaram a essa medida continuam presentes, conforme determinou o juiz José Adilson Bittencourt Júnior.
O julgamento durou 15 horas, foi realizado na Câmara de Vereadores de Tijucas e teve como resultado a denúncia integral do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
A acusada ficou, pela primeira vez, cara a cara com testemunhas e familiares da vítima, nesta quarta-feira. Nas primeiras horas do julgamento, familiares da vítima se apresentaram na Câmara de Vereadores, na Grande Florianópolis, com cartazes pedindo justiça (foto abaixo).
O crime
O crime ocorreu em Canelinha, na Grande Florianópolis, em agosto do ano passado. Desde então, a acusada ficou presa preventivamente. Ela confessou à polícia que a motivação foi o roubo da criança que estava sendo gerada.
A ré forjou uma gravidez enquanto planejava o assassinato. Para colocar o plano em prática, disse à vítima que organizaria um chá de bebê. No dia 27 de agosto daquele ano, a levou para uma cerâmica abandonada e a golpeou diversas vezes usando um bloco de barro.
Depois dos golpes, a vítima teve a barriga aberta com um estilete. O bebê foi retirado e levado pela acusada, que, depois de encontrar com o marido - que até aquele momento acreditava na falsa gravidez - levou a criança até o hospital da cidade e justificou que o nascimento tinha acontecido na rua.
Devido às controvérsias no discurso da acusada, a equipe do hospital entrou em contato com a Polícia Militar. Em seguida, a Polícia Civil iniciou a investigação. O corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte, e, no mesmo dia, a acusada confessou o crime aos policiais.
Receba as principais informações do portal em nosso grupo de leitores do WhatsApp. Acesse https://chat.whatsapp.com/JBufyOx032T3Jer1iObXse