18 mandados de busca e apreensão são cumpridos em 13 municípios, com bloqueio de bens de até R$ 5 milhões relacionados à fraudes em licitações
Na manhã desta terça-feira (30/7), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) lançaram a operação Tríade para investigar fraudes em procedimentos licitatórios em municípios catarinenses. A operação, coordenada pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas, visa combater crimes contra a Administração Pública, incluindo fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva.
A operação Tríade é um desdobramento da Operação Et Pater Filium e busca desarticular um grupo de empresários e agentes públicos suspeitos de fraudar licitações para contratar serviços de assessoria e consultoria tributária. Esses serviços visavam recuperar créditos previdenciários pagos a maior por entes municipais aos seus servidores, com parte dos valores recuperados sendo revertida ilegalmente aos agentes públicos.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Canoinhas e cumpridos em Araranguá, Lages, Florianópolis, Praia Grande, Bela Vista do Toldo, Balneário Rincão, Treviso, São Ludgero, Pedras Grandes, Passo de Torres, Santa Rosa do Sul, Gravatal e Capivari de Baixo. Além disso, foi decretada a indisponibilidade de bens até o valor de R$ 5 milhões para pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
A operação contou com o apoio técnico da Polícia Científica de Santa Catarina para a extração de evidências digitais dos materiais apreendidos. As investigações seguem em segredo de justiça.
A denominação "Tríade" refere-se à associação criminosa composta por três empresários investigados por direcionar e fraudar processos licitatórios, eliminando a concorrência na contratação pública.
O GAECO é uma força-tarefa integrada pelo Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, atuando na identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas. O GEAC, composto por membros do Ministério Público de Santa Catarina, investiga e combate a corrupção em casos de maior gravidade ou complexidade.
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