A espécie é considerada a mais venenosa da América do Sul
A Vigilância Epidemiológica de Braço do Norte capturou mais 25 escorpiões amarelos (Tityus serrulatus) durante um novo mutirão realizado na noite de terça-feira (27), no bairro Santa Luzia. A espécie, considerada a mais venenosa da América do Sul, tem preocupado autoridades e moradores da região.
Com os novos registros, o número total de escorpiões encontrados no bairro sobe para 62: 11 foram localizados na primeira vistoria, 15 por moradores, outros 11 na ação da semana passada e agora mais 25. A continuidade das aparições reforça o estado de alerta e a mobilização da Secretaria Municipal de Saúde.
A operação mais recente voltou a utilizar lanternas com luz negra, que facilitam a localização dos animais durante a noite, horário em que costumam sair de seus esconderijos. “Nossas equipes estão preparadas, atuando com estratégia e equipamento adequado para reduzir ao máximo os riscos à população”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Nágila Morgan.
Segundo o secretário de Saúde, Michell Sombrio, a situação continua sendo tratada com prioridade. “Estamos ampliando o mapeamento das áreas de risco, reforçando as orientações à comunidade e organizando novos mutirões de fiscalização”, afirmou.
O prefeito Laurinho Boeing também se pronunciou sobre o caso e reforçou o envolvimento de toda a administração municipal. “Todas as secretarias estão à disposição para enfrentar essa ameaça de forma integrada. Nossa prioridade é a segurança e o bem-estar da população”, disse.
A Secretaria de Saúde orienta os moradores a manter os quintais limpos, eliminar entulhos, vedar ralos e frestas, e evitar o acúmulo de materiais que possam servir de abrigo ou alimento aos escorpiões, como baratas. Em caso de avistamento, a recomendação é não tentar capturar o animal com as mãos e acionar imediatamente a Vigilância Epidemiológica.
Perigo silencioso e reprodução acelerada
O escorpião-amarelo é nativo do Brasil e possui alta capacidade de reprodução por partenogênese, ou seja, a fêmea se reproduz sem a necessidade de um macho. Uma única fêmea pode gerar até 160 filhotes por ano, e os descendentes tornam-se independentes em apenas duas semanas. Esse fator torna o controle populacional ainda mais desafiador.
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