Alíquotas reajustadas entram em vigor no dia 7 de agosto
Após insistir que o prazo final seria 1º de agosto, o governo dos Estados Unidos recuou e adiou para a próxima quinta-feira (7) a entrada em vigor das tarifas recíprocas reajustadas pelo presidente Donald Trump. A mudança consta em uma ordem executiva assinada nesta quinta-feira (31), com validade de sete dias a partir da publicação.
O Brasil aparece na lista com uma alíquota base de 10%, mas Trump já havia anunciado um aumento de 40 pontos percentuais, elevando a tarifa para 50% sobre produtos brasileiros.
O decreto revisa as tarifas anunciadas anteriormente em 2 de abril — data que o governo americano batizou como “Dia da Libertação” — e marca o fim da trégua de 90 dias concedida para negociações com parceiros comerciais. No período, houve avanços lentos com Japão e União Europeia, tensões com a China e incertezas envolvendo México e Canadá.
Mercados em alerta
A nova escalada na guerra comercial provocou reação imediata nos mercados globais. As bolsas asiáticas fecharam em queda nesta sexta-feira (1º), com destaque para o índice sul-coreano Kospi, que caiu 3,88%, sua maior baixa diária em quatro meses. Também registraram perdas o Hang Seng, em Hong Kong (-1,07%), o Nikkei, em Tóquio (-0,66%), e o Taiex, em Taiwan (-0,46%).
Na Europa, o índice Stoxx 600 recuava 1,24% no início do dia. O setor farmacêutico foi um dos mais afetados, após Trump cobrar redução nos preços de medicamentos. A dinamarquesa Novo Nordisk despencou 4,2%, enquanto a Sanofi caiu 1%.
Com o adiamento, os setores diretamente impactados ganham mais alguns dias para se preparar. A expectativa agora é sobre a confirmação da vigência das tarifas e seus efeitos nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
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