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POLÍTICA
10/07/2025 20h29

Indústria catarinense alerta para prejuízos com tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros

FIESC afirma que taxa de 50% afeta exportações de itens manufaturados de SC, principalmente madeira, motores e cerâmica

Foto: Reprodução

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) manifestou preocupação com a tarifa de 50% anunciada pelo governo dos Estados Unidos para produtos brasileiros. Segundo a entidade, a medida compromete a competitividade das exportações catarinenses, já que os EUA são hoje o principal destino dos produtos manufaturados do estado.



Somente no ano passado, Santa Catarina embarcou para os EUA cerca de US$ 1,74 bilhão em produtos, incluindo madeira, motores elétricos, partes de motor e cerâmica. “A implementação da tarifa anunciada compromete a competitividade dos produtos catarinenses, uma vez que países concorrentes podem ser submetidos a taxas bem inferiores”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.



A federação defende que a decisão dos EUA seja tratada com prioridade pela diplomacia brasileira, para evitar consequências ainda mais graves, como o cancelamento de investimentos no país. “É necessário trabalhar com serenidade pela melhor solução, considerando os interesses do Brasil”, reforça Aguiar.



A FIESC avalia que não há justificativa econômica para a aplicação da taxa, já que os Estados Unidos registram superávit na balança comercial com o Brasil há mais de 15 anos. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o superávit norte-americano no comércio de bens com o Brasil, somente na última década, foi de US$ 91,6 bilhões — somando também o comércio de serviços, o saldo favorável aos EUA chega a US$ 256,9 bilhões.


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A CNI aponta ainda que, em 2023, a tarifa real de importação aplicada pelo Brasil a produtos norte-americanos foi de apenas 2,7%, valor quatro vezes menor do que a tarifa nominal registrada na Organização Mundial do Comércio (OMC).



A medida dos Estados Unidos, conforme análise da FIESC, exige atenção não apenas por seu impacto imediato, mas também pelas sinalizações diplomáticas. A entidade considera que o Brasil deve manter canais de diálogo abertos e equilibrados com os norte-americanos, buscando preservar os interesses da indústria nacional.



 



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Fonte: Redação
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