Pequeno Lucas, diagnosticado com displasia cortical, apresenta melhora significativa após procedimento de alta complexidade
Foto: Reprodução
Diagnosticado com displasia cortical, o pequeno Lucas Porto Zanchi, de apenas 2 anos, enfrentou uma cirurgia neurológica de alta complexidade no dia 27 de novembro, em Porto Alegre (RS). O procedimento, essencial para a qualidade de vida do menino, foi realizado para remover a região afetada do cérebro responsável por suas crises convulsivas.
Após a cirurgia, Lucas permaneceu internado por dois dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e mais três na enfermaria, tendo alta hospitalar com apenas cinco dias, menos do que o previsto inicialmente. Segundo a mãe, Carolina Porto, o pós-operatório exige acompanhamento contínuo e muito cuidado.
Primeiros sinais e diagnóstico
Os sintomas de Lucas começaram a aparecer quando ele tinha apenas dois meses. “Ele olhava sempre para o mesmo lado, levantava a cabeça e, com o tempo, percebemos que seu corpo apresentava movimentos diferentes e convulsionava. Em uma missa, aos cinco meses, ele teve uma crise grave com espasmos”, relata Carolina.
O diagnóstico de displasia cortical foi um passo essencial para entender a condição do menino. Essa malformação no desenvolvimento cortical está associada à epilepsia de difícil controle, que pode gerar até 50 convulsões diárias em casos graves, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Recuperação e esperança
Desde o procedimento, Lucas tem apresentado uma melhora significativa, embora ainda enfrente crises focais. “Os médicos conseguiram retirar o máximo possível da área afetada. Ele terá uma nova avaliação com o neurologista na próxima semana e tirará os pontos. Acreditamos que em breve voltaremos para casa”, explica Carolina.
Os pais de Lucas destacam a importância da fé e do apoio que têm recebido. “Acreditamos na cura total do Lucas. Muitas pessoas têm orado por ele, e a oração é muito importante. Se Deus quiser, meu filho alcançará a cura completa”, afirma a mãe.
Solidariedade que faz a diferença
A família iniciou uma campanha em outubro para arrecadar fundos destinados ao tratamento e às despesas de viagem. Embora tenham colocado um carro à venda, a mobilização solidária por meio de Pix e uma vakinha online foi suficiente para cobrir os custos, permitindo que o procedimento fosse realizado sem demora.
A displasia cortical focal, como no caso de Lucas, é uma das formas mais frequentes de malformações do desenvolvimento cortical, exigindo tratamento especializado e, em muitos casos, cirurgias complexas.
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