Previsão do Fórum Climático Catarinense indica chuvas irregulares no Oeste e precipitações acima da média entre o Litoral e os Planaltos
Foto: Ilustrativa
O 234º Fórum Climático Catarinense, realizado no dia 28 de outubro, reuniu meteorologistas de diversas instituições do estado para discutir as projeções climáticas dos próximos meses. O encontro contou com a participação da Defesa Civil de Santa Catarina, Epagri/Ciram, AlertaBlu, além de representantes do IFSC e da UFSC.
Segundo o consenso apresentado no evento, o estado deve sentir os efeitos de uma La Niña de fraca intensidade, fenômeno climático que deve persistir pelo menos até fevereiro de 2026. O cenário deve alterar o comportamento das chuvas e temperaturas em diferentes regiões de Santa Catarina.
De acordo com os meteorologistas, o início de novembro será mais chuvoso, mas a tendência é de chuvas mais irregulares na segunda quinzena do mês, especialmente no Oeste catarinense, onde os volumes devem ficar abaixo da média. Com isso, os dias de sol devem ser mais frequentes e as temperaturas tendem a subir, ultrapassando a média histórica, o que pode impactar a situação hídrica e a produtividade agrícola.
Já entre os Planaltos e o Litoral, o padrão da circulação marítima será mais ativo, trazendo precipitações mais frequentes e intensas. Nessas regiões, há risco de eventos extremos de chuva, com volumes elevados e possibilidade de alagamentos e enxurradas. A maior nebulosidade também deve fazer com que as temperaturas fiquem ligeiramente abaixo do normal, retardando a chegada do calor típico do verão.
O trimestre entre novembro e janeiro marca a transição da primavera para o verão, quando as chuvas passam a ocorrer de forma mais localizada e rápida, típicas das tempestades de verão, provocadas pelo calor e pela umidade. Em janeiro, a circulação marítima se intensifica, aumentando a frequência de chuvas nas áreas litorâneas.
O levantamento histórico da Defesa Civil mostra que, entre 1995 e 2019, as ocorrências de chuvas intensas e vendavais se concentram entre setembro e março, com pico em janeiro. As enxurradas também são comuns nesse período, principalmente nas áreas serranas e no litoral, onde a umidade do oceano se soma ao calor.
A Defesa Civil reforça a importância da atenção redobrada em períodos de chuva forte, especialmente em áreas de risco. A população deve evitar o contato com águas de alagamento, não tentar atravessar pontes submersas e manter atenção a sinais de deslizamento, como rachaduras em muros e paredes ou inclinação de árvores e postes.
Durante temporais com raios, ventos fortes ou granizo, a recomendação é buscar abrigo seguro, longe de árvores, placas e objetos soltos.