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No último fim de semana, uma publicação nas redes sociais anunciou a morte de uma pessoa que, felizmente, está viva. O erro, cometido por um perfil que se autodenomina "página de notícias", viralizou rapidamente e gerou angústia, indignação e sofrimento para familiares, amigos e para a própria vítima da fake news.
O post foi apagado em silêncio. Depois, uma breve retratação, sem a devida dimensão do dano causado. E tudo seguiu como se a vida — ou a morte — fosse apenas mais um conteúdo de engajamento.
Esse episódio lamentável escancara os riscos da desinformação nas redes sociais e reforça a urgência de se valorizar o jornalismo sério, profissional e responsável. A notícia não é entretenimento e não pode ser tratada com leviandade.
Erros acontecem — e todos estamos sujeitos a eles —, mas há uma diferença imensa entre o erro de quem apura, ouve, checa e se responsabiliza por cada linha publicada e o erro de quem sequer se preocupa em confirmar o que publica.
O jornalismo profissional tem nome, rosto, CNPJ, responsabilidade ética e compromisso com os fatos. São veículos que apuram com seriedade, que se retratam com transparência quando necessário e que respeitam a dignidade humana.
Não é à toa que a Constituição brasileira reconhece a liberdade de imprensa como um pilar da democracia. Mas com liberdade, vem responsabilidade.
Por isso, nós, que zelamos pela informação de qualidade, fazemos um apelo: valorize o jornalismo feito com responsabilidade. Antes de compartilhar uma “notícia”, verifique de onde ela vem. E, principalmente, deixe de dar audiência a perfis de fofoca travestidos de jornalismo, que lucram com cliques, curtidas e tragédias alheias.
Informar exige respeito. E respeito é o que o bom jornalismo entrega todos os dias.
Assinam este editorial:
EXTRA.SC, Folha Regional, HC Notícias, Hora Hiper, Portal Infosul, Revista Única, Sul Agora e Tuba News.
