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GERAL
27/05/2022 16h04

David Coimbra: um mestre, talento, grande escritor, aptidões e inspiração

Para essa jornalista foi difícil demais escrever esse texto para registar sua morte. Convivi com ele, esse privilégio, presente de Deus, um amigo que me ensinou muito na vida profissional e pessoal. Uma inspiração para as próximas gerações

Tem situações na vida de um jornalista que não há como separar o pessoal do profissional. Essa é uma, somos humanos!. Escrevo, espero finalizar - com lágrimas, tremendo, soube há pouco -, para registrar a morte de um grande homem, em muitos aspectos: David Coimbra.

Nos quase 20 anos que morei em Criciúma, tive o grande privilégio, um presente de Deus, de conviver com David durante um bom período. Além de um dos maiores talentos que conheci na área da comunicação (uma carreira é brilhante), era um ser de luz. Sim! Era!

Nos conhecemos quando ele chegou em Criciúma para assumir a coordenação de Jornalismo da Rádio Eldorado, onde eu trabalhava à época. Aliás, David, gaúcho de Porto Alegre, a adotou, entre idas e vindas, onde residiu algumas vezes, fez grandes amigos, e amava a cidade. Tenho certeza, estão em total tristeza. 

Fizemos uma amizade, “verdadeira”, a que se pode contar em qualquer situação. Quantas histórias me vem à memória. Seu sorriso iluminado que faz bem pra alma (ainda choro), nossas produtivas conversas, os encontros com os amigos, seus conselhos, diversão - ele não dirigia, não sabia, ao menos naquele tempo, e o táxi sempre entrava em cena (rsrsrs e choro, uma mistura de emoções). 

E histórias, David sabia contar e escrever com uma sabedoria grandiosa. Tinha alegria enorme pela vida, amava viver, para ele não tinha ´tempo ruim´, a levava com leveza, um incrível senso de humor, tirava sarro dos amigos, e passava uma energia maravilhosa. Inspirava, dava exemplo, ensinamento.

Um jornalista de grandes aptidões. Radialista, escritor e cronista, foi um dos autores mais reconhecidos do Rio Grande do Sul. Com passagens por diferentes redações do Sul do País, assinou obras literárias, foi apresentador e conquistou prêmios.

Com ele aprendi muito profissionalmente, tinha um texto excelente, conhecimento,  inteligência, sensibilidade, experiência, ensinamento. Foi um grande mestre em meu trabalho e em minha evolução como pessoa. 

Obrigada! Por ter feito parte da minha vida, da minha história! Que continues brilhando onde estiveres!

A partida 

David Coimbra morreu nesta sexta-feira (27), aos 60 anos, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Desde o último domingo (22), estava internado para tratar um câncer descoberto em 2013 no rim esquerdo que se espalhou para outras três partes do corpo, segundo o Grupo RBS, onde atuava como comentarista e colunista do jornal Zero Hora e do Portal GZH. 

Naquele ano, após uma cirurgia para retirar o órgão, David passou a viver entre Boston, nos Estados Unidos (EUA), e o Brasil, para tratar a doença.

Ele deixa a esposa Marcia Camara e o filho Bernardo, de 14 anos. E um grande legado de inspiração a muitas pessoas. 

Trajetória profissional

Durante sua trajetória, trabalhou em Criciúma, na sucursal do Diário Catarinense em 1986. Também fez parte das redações do Jornal Manhã, Rádio Eldorado e RCE TV, antes de se transferir para o grupo RBS. “Tinha um grande talento no texto e logo se destacou na editoria de esportes, com a crônica. Passou por mais de 10 redações no Sul do Brasil, entre elas: Correio do Povo, Diário Catarinense, Jornal NH, Jornal de Santa Catarina, Rádio Guaíba e RCE TV (SC). 

Obras: 


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David lançou vários livros. A História dos Gre-Nais, sobre a evolução do maior clássico esportivo gaúcho, seleções de crônicas (como A Mulher do Centroavante) e contos (A Cantada Infalível), romances como Canibais, em que recria o rumoroso caso policial envolvendo consumo de carne humana na Rua do Arvoredo, em Porto Alegre, além de textos políticos e de história.

O último, “Hoje eu venci o câncer”, lançado em 2018, foi um relato pessoal sobre a descoberta da doença e o período de tratamento. 

No último dia 16, o jornalista publicou, pela GZH, a crônica Quando Quis Morrer, onde relata não somente a sua rotina de dor e mal-estar, mas também o carinho que recebia da família e amigos. 

Abaixo, confira a nota do Hospital Moinhos de Vento:

O Hospital Moinhos de Vento informa com pesar o falecimento do jornalista David Coimbra, nesta sexta-feira (27), aos 60 anos, em decorrência de complicações em função de um câncer renal. Ele estava internado na instituição desde o dia 22 de maio e, na última quinta-feira, foi encaminhado ao Centro de Terapia Intensiva.

Porto Alegre (RS), 27 de maio de 2022

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Fonte: Foto Reprodução Internet
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