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SEGURANÇA
31/10/2025 20h37
Por: Iuleska Valls

Lula envia ao Congresso projeto de lei Antifacção com penas mais duras para líderes do crime organizado

Proposta prevê até 30 anos de prisão para chefes de facções, criação de banco de dados nacional e medidas para bloquear bens e recursos financeiros de organizações criminosas

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta sexta-feira (31), o projeto de lei Antifacção, que será encaminhado ainda hoje ao Congresso Nacional em regime de urgência. A informação foi confirmada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, que destacou que o texto passou apenas por “pequenos ajustes de redação” antes do envio.



Elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a proposta é apresentada após a Operação Contenção, que resultou em 121 mortes no Rio de Janeiro. O texto prevê penas mais severas para líderes e integrantes de organizações criminosas e a criação de novos instrumentos legais e operacionais para o combate a facções.



Entre as medidas, está a tipificação do crime de organização criminosa qualificada, que prevê pena de até 30 anos de prisão. O projeto também amplia a punição para o crime de organização criminosa simples, elevando a pena atual de 3 a 8 anos para 5 a 10 anos de reclusão.


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O endurecimento das penas será ainda maior nos casos de aliciamento de crianças e adolescentes, participação de agentes públicos, domínio territorial ou prisional por facções, uso de armas de fogo de uso restrito ou proibido e situações que resultem em morte ou lesão de agentes de segurança pública. Nessas circunstâncias, o crime passará a ser considerado hediondo e, portanto, inafiançável.



A proposta também prevê a criação de um banco de dados nacional com informações detalhadas sobre organizações criminosas, incluindo registros genéticos (DNA), para facilitar o rastreamento e a investigação.



Outro ponto do projeto é a infiltração de policiais e colaboradores nas organizações durante as investigações, com a possibilidade de criação de pessoas jurídicas fictícias para facilitar o trabalho das forças de segurança. O texto ainda autoriza o monitoramento de encontros entre presos provisórios ou condenados ligados a facções criminosas.



O projeto também traz mecanismos para acelerar o bloqueio e a apreensão de bens, direitos e valores suspeitos de origem criminosa, permitindo que a medida seja aplicada já durante o inquérito policial.



Em publicação nas redes sociais, Lula defendeu a tramitação rápida da proposta.

“O projeto cria mecanismos que aumentam o poder do Estado e das forças policiais para investigar e asfixiar financeiramente as facções”, escreveu o presidente.



Lula afirmou ainda que a medida busca proteger os órgãos públicos da influência de organizações criminosas e voltou a defender a PEC da Segurança Pública, enviada ao Congresso em abril.

“As facções só serão derrotadas com o esforço conjunto de todas as esferas de poder. Diferenças políticas não podem ser pretexto para que deixemos de avançar. As famílias brasileiras merecem essa dedicação”, concluiu.



 



 



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Fonte: Redação
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