Estado tem 8 mortes pela doença em 2024. Também há casos de chikungunya, que é transmitida pelo mesmo mosquito
O número de casos prováveis de dengue em Santa Catarina em 2024 já é 650% maior do que no mesmo período do ano passado, divulgou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). Com isso, o estado deve decretar situação de emergência por causa da doença.
De acordo com dados revelados na terça-feira (20), Santa Catarina tem 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios. A partir de agora, o órgão divulgará um boletim sobre a doença semanalmente.
O estado tem oito mortes por dengue. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.
Joinville, a cidade mais populosa do estado, tem cinco mortes. Araquari, cidade vizinha, tem uma, assim como Itajaí, no Litoral Norte, e Itapiranga, no Oeste, quase na fronteira com a Argentina.
Outras duas mortes estão em investigação, segundo a Dive. Elas são de Araquari e Navegantes, vizinha de Itajaí.
Foram identificados 12.885 focos do Aedes aegypti em 215 municípios, sendo que 155 desses são considerados infestados pelo mosquito.
Chikungunya
Além da dengue, Santa Catarina também tem 70 casos de chikungunya, outra doença transmitida pelo mesmo mosquito. No mesmo período do ano passado, eram nove casos, um aumento de 677,8%.
O superintendente de Vigilância em Saúde da Dive, o médico infectologista Fábio Gaudenzi, alertou para os sinais e sintomas da doença, como a febre e dor importante nas articulações.
“A chikungunya é uma doença de grande morbidade o que nos preocupa e acende um alerta para que cada vez mais a população fique atenta aos sinais e sintomas e procure uma unidade de saúde rapidamente para realizar o tratamento adequado”, declarou.
Decreto de emergência
O governo de Santa Catarina deve decretar ainda nesta semana a situação de emergência por causa da dengue. Para isso, o estado leva em consideração os seguintes fatores:
Na terça, mais de 200 pacientes estavam internados no SUS em Santa Catarina por causa da dengue, a maioria em Joinville e Itajaí.
Prevenção
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgou orientações para evitar a proliferação do mosquito. O importante é não deixar água parada, para que o inseto não consiga se reproduzir.