O urologista Daniel Albrechet, do Centro Médico Unânime comenta que muitos homens têm medo do diagnóstico de câncer
O câncer de próstata – 2, tipo mais comum, é o causador de 28% das mortes por neoplasias malignas no mundo. Isto representa cerca de 40 mortes por dia no Brasil. Frente a isso a campanha Novembro Azul tem a vocação de chamar a atenção dos homens para a prevenção e diagnóstico precoce.
Explica o urologista Daniel Albrechet Iser, do Centro Médico Unimed, que a próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino responsável por produzir uma secreção fluida para nutrição e transporte dos espermatozoides. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto, sendo atravessada pela uretra, canal que se estende desde a bexiga até a extremidade do pênis e por onde a urina é eliminada.
O diagnóstico do câncer de próstata é feito exclusivamente através da biópsia da próstata. Para indicar corretamente a biópsia, o urologista precisa levar em consideração vários fatores, dentre eles o toque retal. “A finalidade desse exame é detectar qualquer alteração na próstata (endurecimento, nódulos) que possa estar relacionada com a presença do câncer. Apesar de desconfortável, é parte fundamental da avaliação prostática, servindo também para auxiliar na decisão da melhor forma de tratamento, caso o câncer esteja presente”, ressalta Dr. Daniel.
O PSA é o marcador mais utilizado no auxílio ao diagnóstico de câncer de próstata. Isoladamente, segundo o urologista, o PSA elevado não significa necessariamente que o indivíduo tem câncer de próstata, por isso a necessidade do toque retal. Os exames são complementares, e mesmo que um deles não acuse a doença, o outro pode indicar a presença da neoplasia.
Novidades no tratamento
O urologista Daniel Albrechet acentua que muitos homens têm medo do diagnóstico de câncer, porém, a medicina tem evoluído para proporcionar aos pacientes tratamentos menos invasivos e cada vez mais eficazes.
Esclarece que, atualmente é priorizada a separação entre identificação de um tumor na próstata e a necessidade de tratá-lo, evitando tratamentos agressivos para doenças de baixo risco de progressão e reduzindo os tratamentos desnecessários. Além disso, diz, a cirurgia videolaparoscópica e a robótica vem acrescentar segurança e menores complicações aos pacientes que necessitam realizar procedimento cirúrgico.
“Também existem novidades como a utilização de exames de imagem em paciente com indicação clínica para biópsia, como a ressonância magnética multiparamétrica, que podem indicar a probabilidade de encontrar um câncer de próstata significativo utilizando a mais recente escala PI-RADS 2.1. Esse exame já foi incorporado nas diretrizes internacionais e nacionais, e está cada vez mais presente na ajuda ao diagnóstico precoce”, salienta.
Quanto a prevenção, orienta, há necessidade de se realizar a vigilância das mudanças que podem ocorrer na maneira de urinar após os 40 anos, e a certeza de que o diagnóstico precoce permite um tratamento adequado na busca da cura da doença, faz com que a visita ao urologista para avaliação geral da sua saúde e especificamente da saúde da próstata, é essencial para a manutenção da qualidade de vida durante o nosso envelhecimento.