Vacina previne complicações graves, como pneumonia e óbitos, especialmente entre os grupos prioritários
A campanha de vacinação contra a gripe já está em andamento em todo o país, mas a baixa adesão preocupa profissionais da saúde. A infectologista Eletânia Esteves de Almeida destaca a importância da vacina não apenas para evitar a gripe, mas também para prevenir complicações graves, como pneumonia e até óbitos.
“A história da vacinação mudou a vida humana. Doenças como poliomielite, varíola, rubéola, sarampo e tuberculose foram controladas ou erradicadas graças à vacinação”, lembra a médica. Segundo ela, a vacina da gripe, que começou a ser aplicada há cerca de 30 anos em grupos prioritários, tem se mostrado eficaz na redução de internações e mortes.
A especialista explica que a vacina contra a gripe tem cerca de 72% de eficácia na prevenção da doença e, principalmente, na redução da gravidade dos sintomas. “Algumas pessoas podem até não pegar a gripe, outras terão apenas sintomas leves. Mas o mais importante é evitar que a doença evolua para pneumonia ou algo mais grave”, afirma.
Os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde incluem:
• Idosos com 60 anos ou mais
• Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
• Gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto)
• Trabalhadores da saúde
• Povos indígenas
• Pessoas com comorbidades ou condições clínicas especiais
• Pessoas com deficiência permanente
• Professores
• Profissionais das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas
• Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo
• População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
Apesar das dúvidas e receios, a médica reforça que os efeitos colaterais da vacina são leves e passageiros. “O mais comum é dor no local da aplicação e, às vezes, sintomas parecidos com os da gripe. Mas os benefícios da vacinação são infinitamente maiores do que esses efeitos colaterais”, garante.
A dra. Eletânia finaliza com um apelo: “Vacinar-se não é apenas uma forma de se proteger da doença, mas também de fortalecer o sistema imunológico e proteger quem está ao seu redor. Todos deveriam se vacinar, não apenas os grupos prioritários”.
A vacinação é gratuita nos postos de saúde e segue até o fim da campanha. Quem faz parte dos grupos prioritários deve procurar uma unidade de saúde o quanto antes.
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