Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), versão brasileira do maior fórum conservador dos Estados Unidos, acontece em Balneário Camboriú
O presidente da Argentina, Javier Milei, chegou ao Brasil no sábado (6) e deve participar neste domingo (7) da quinta edição da Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC) em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. O evento tem a presença também do ex-presidente Jair Bolsonaro, do governador de SC, Jorginho Mello (PL), do governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de outros políticos.
O evento, que começou no sábado (6), é a versão brasileira do Conservative Political Action Conference, considerado o maior fórum conservador dos Estados Unidos. Essa é a primeira visita de Milei ao Brasil desde que virou presidente da Argentina.
Milei foi recebido em Santa Catarina pelo governador do estado, Jorginho Mello, e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na noite de sábado (6).
Depois, assistiu ao jogo da seleção brasileira contra o Uruguai. Estavam presentes também o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o senador Jorge Seif (PL) e o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL).
O presidente argentino deve subir ao palco do evento por volta das 16h30, segundo a organização, para um discurso de 40 minutos, que encerra a conferência.
O CPAC Brasil é realizado por iniciativa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e permite a participação apenas de "membros do Instituto Conservador-Liberal".
A conferência é conhecida por seus discursos, painéis de discussão, e eventos que abordam uma ampla gama de tópicos, incluindo política, economia, direitos civis, e segurança nacional. Políticos de destaque, como presidentes, congressistas e outros líderes republicanos, frequentemente participam e discursam na CPAC, tornando-a uma plataforma importante para a promoção de agendas conservadoras e o debate de políticas públicas.
De acordo com a organização, entre os palestrantes do evento há políticos conhecidos, como:
Jornalistas agredidos
Durante o evento, jornalistas da CNN Brasil e do jornal O Estado de São Paulo (Estadão) foram hostilizados pelo público.
No sábado (6), o repórter Pedro Augusto Figueiredo, do Estadão foi vaiado após pedir esclarecimentos para a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, sobre o caso das joias.
Já neste domingo (7), um grupo de pessoas hostilizou, vaiou e expulsou a repórter Isadora Aires, da CNN Brasil, que tentava entrar para acompanhar o evento.
Em nota, a CNN Brasil afirmou que "considera esse tipo de atitude uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão e não se intimidará em realizar sua cobertura, apartidária e sem viés ideológico."
Visita de Milei
A primeira visita do presidente Argentino ao Brasil foi informada ao Itamaraty oficialmente nessa quinta-feira (4). Milei recusou qualquer apoio do governo federal. Pediu auxílio ao governo de Santa Catarina, do governador Jorginho Melo (um dos palestrantes do evento).
Ele deve retornar a Buenos Aires no fim desde domingo, sem previsão de agendas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem mantém uma relação conflituosa.
Lula e Milei nunca se reuniram em um encontro bilateral, apesar de Brasil e Argentina serem os principais parceiros comerciais um do outro no continente. Eles estiveram juntos na cúpula do G7 na Itália, em junho, mas não se reuniram.
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