Lei dos fogos de artificio causou a discórdia
Na noite desta segunda-feira, 3, a Câmara de Vereadores de Braço do Norte realizou mais uma sessão ordinária, marcada por debates acalorados e decisões que geraram controvérsias entre os parlamentares e a população.
A tribuna livre foi o primeiro ponto de discussão da noite, com dois cidadãos inscritos para se manifestar: Alexssander da Cunha e Márcia Caetano. Alexssander tinha a intenção de tratar da situação da Cerbranorte, mas se negou a fazer uso do tempo estipulado de 5 minutos, o que resultou na manifestação de Márcia, que usou os 10 minutos concedidos para relatar o crescente número de furtos de fios na região. Márcia, que já sofreu prejuízos superiores a R$ 16 mil devido aos furtos, afirmou ter procurado as autoridades locais sem obter respostas satisfatórias. "Busco auxílio desta casa para encontrarmos soluções para combatermos esse problema", destacou.
Outro ponto de destaque na sessão foi a aprovação, em regime de urgência, de um repasse de R$ 21 mil para a Escola de Samba Unidos da Vale. O valor será destinado à organização do desfile de Carnaval, que acontecerá no próximo dia 21. A vereadora Pamelys de Barros, presidente do legislativo, explicou que a urgência na aprovação da medida se deu pela proximidade do evento, visando garantir a organização das festividades.
O grande debate da noite, no entanto, ficou por conta do projeto de lei que propõe a proibição da venda, utilização, queima e soltura de fogos de artifício em Braço do Norte. O projeto foi retirado de pauta na sessão do dia 27 de janeiro a pedido dos vereadores, mas foi novamente colocado em discussão pela autora da proposta, a vereadora Pamelys. A medida busca proteger pessoas com autismo, idosos e animais dos efeitos do barulho causado pelos fogos, como explicou a autora.
A proposta gerou ampla divisão entre os vereadores. O vereador Cristian Locks Ceolin foi o primeiro a se manifestar contra o projeto, argumentando que a proibição poderia prejudicar a realização de eventos importantes para a cidade, como a Festa dos Caminhoneiros e outras festividades comunitárias e esportivas. Os vereadores Reginaldo Demetrio, Ademar Menegasso e Elton Heidemann também se opuseram à medida. Por outro lado, os vereadores Ramiris Vieira e Michel Sombrio se mostraram favoráveis à proposta, destacando a importância de proteger as pessoas sensíveis ao barulho.
O vereador Rogério Uliano Rodhen pediu que a proposta fosse retirada novamente de pauta, mas a presidente Pamelys de Barros não acatou o pedido e colocou o projeto em votação. Ela argumentou que outras cidades já adotaram legislação semelhante e que a aprovação da medida em Braço do Norte poderia ser pioneira na região. No final, o projeto foi aprovado, com a rejeição dos vereadores Cristian e Elton.
Ouça a entrevista.
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