Ele havia sido liberado na última quinta-feira (26). O ex-prefeito de Criciúma é investigado por envolvimento em um suposto esquema de fraudes nos serviços funerários do município
Na última segunda-feira (30), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitou que Clésio Salvaro, prefeito afastado de Criciúma, retorne à prisão. A medida ocorre após o político, que ficou detido por mais de 20 dias devido à segunda fase da Operação Caronte, ser liberado na última quinta-feira (26). A operação investiga um suposto esquema de fraudes nos serviços funerários do município.
Medidas Cautelares e Descumprimentos
Clésio Salvaro foi solto sob a imposição de diversas medidas cautelares, incluindo a monitoração eletrônica por 90 dias e a suspensão de suas atividades públicas por 120 dias. Além disso, a Justiça, por meio da desembargadora Cinthia Beatriz Bittencourt Schaefer, ordenou que Salvaro não tivesse acesso ou contato com os outros denunciados e testemunhas da acusação. Ele também estava proibido de frequentar a Prefeitura de Criciúma e qualquer outro órgão municipal.
No entanto, segundo o MPSC, na mesma noite em que deixou o Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, Clésio Salvaro teria descumprido uma das medidas ao ter contato com um dos denunciados e uma testemunha da Operação Caronte durante um encontro com correligionários na Rua da Gente. Imagens do evento foram anexadas ao despacho do MPSC.
Repercussões Legais
O documento, assinado pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Durval da Silva Amorim, juntamente com outros seis promotores, destacou a gravidade da situação. “Os fatos retratados no relatório supramencionado não só traduzem o desrespeito do acusado para com a decisão judicial proferida em seu benefício, como também denotam que as medidas cautelares diversas da prisão não se revelam adequadas e suficientes para garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal”, argumentou Amorim.
O caso de Clésio Salvaro continua a gerar repercussão em Santa Catarina, levantando questões sobre a eficácia das medidas cautelares e a gravidade das acusações envolvendo a Operação Caronte. A expectativa agora recai sobre a resposta da Justiça em relação ao pedido do MPSC e as possíveis consequências para o ex-prefeito.
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