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POLÍTICA
07/09/2025 09h44

Em pronunciamento, Lula enfatiza soberania e volta a falar em "traidores da pátria"

Presidente disse que o Brasil não aceitará ordens, defendeu Pix e Judiciário

Foto: Reprodução/Governo Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o pronunciamento de 7 de Setembro neste sábado (6) para ressaltar a soberania nacional e reafirmar que o Brasil não irá ceder a pressões externas, em meio a atritos com o presidente dos EUA, Donald Trump, após a taxação de produtos brasileiros.



"Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro... Defendemos nossa democracia e resistiremos a qualquer um que tente golpeá-la", disse o presidente, em rede nacional de rádio e TV neste sábado, véspera do feriado do Dia da Independência.



 


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Trump impôs uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, com algumas exceções, vinculando a medida, em parte, ao que ele chamou de "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu em um processo por tentativa de golpe de Estado para anular sua derrota nas eleições de 2022.



Ainda no pronunciamento, Lula afirmou ser "inadmissível" os ataques ao país estimulados por "alguns políticos brasileiros" em defesa de interesses pessoais.



Embora não tenha citado nomes no pronunciamento deste sábado, Lula tem feito críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os EUA e tem feito campanha para que o governo Trump imponha sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras.



"Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A história não os perdoará".



Também no pronunciamento, ele voltou a sinalizar com o projeto de regulamentação das redes sociais, afirmando que apesar de importantes elas "não estão acima da lei".



"As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discurso de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres."



O presidente aproveitou ainda para destacar conquistas e medidas recentes de seu governo, como a retirada do Brasil do Mapa da Fome, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil e a megaoperação policial contra lavagem de dinheiro do crime organizado.



Confira na íntegra: 



Querido povo brasileiro, amanhã, 7 de setembro, é dia de celebrarmos a Independência do Brasil. É uma boa hora para a gente falar de soberania.



O 7 de setembro representa o momento em que deixamos de ser colônia e passamos a conquistar nossa independência, nossa liberdade e nossa soberania.



Este é o momento da união de todos em defesa do que pertence a todos: a nossa Pátria brasileira e as cores da bandeira do nosso país



Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República


Na época da colonização, nosso ouro, nossas madeiras, nossas pedras preciosas, nada disso pertencia ao povo brasileiro. Toda nossa riqueza ia embora do Brasil para ajudar a enriquecer outros países.



Mais de 200 anos se passaram e nós nos tornamos soberanos. Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro.



Mantemos relações amigáveis com todos os países, mas não aceitamos ordens de quem quer que seja. O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro.



Por isso, defendemos nossas riquezas, nosso meio ambiente, nossas instituições. Defendemos nossa democracia e resistiremos a qualquer um que tente golpeá-la.



É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará.



Minhas amigas e meus amigos, a soberania pode parecer uma coisa muito distante, mas ela está no dia a dia da gente. Está na defesa da democracia e no combate à desigualdade, a todas as formas de privilégios de poucos em detrimento do direito de muitos. Está na proteção das conquistas dos trabalhadores, no apoio aos jovens para que eles tenham um futuro melhor, na criação de oportunidades para os empreendedores e nos programas que ajudam os mais necessitados.



Se temos direito a essas políticas públicas, é porque o Brasil é um país soberano e tomou a decisão de cuidar do povo brasileiro.



Minhas amigas e meus amigos, um país soberano é um país fora do Mapa da Fome, que zera o Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil enquanto taxa os super-ricos que hoje não pagam quase nada. Que cresce acima da média mundial e registra menor índice de desemprego de todos os tempos. Um país com a coragem de fazer a maior operação contra o crime organizado da história, sem se importar com o tamanho da conta bancária dos criminosos.



Este país soberano e independente se chama Brasil.



Minhas amigas e meus amigos, desde o início do nosso governo, concentramos esforços na abertura de novas parcerias comerciais. Em apenas dois anos e oito meses, abrimos mais de 400 novos mercados para as nossas exportações. Defendemos o livre comércio, a paz, o multilateralismo e a harmonia entre as nações, mas nunca abriremos mão da nossa soberania.



Defender nossa soberania é defender o Brasil.



Cuidamos como ninguém do nosso meio ambiente. Reduzimos pela metade o desmatamento na Amazônia, que, em novembro, vai sediar a COP30, maior conferência mundial sobre o clima.



Defendemos o PIX de qualquer tentativa de privatização. O PIX é do Brasil. É público, é gratuito e vai continuar assim.



Reconhecemos a importância das redes digitais. Elas oferecem informação, conhecimento, trabalho e diversão para milhões de brasileiros, mas não estão acima da lei. As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discurso de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres.



Zelamos pelo cumprimento da nossa Constituição, que estabelece a independência entre os Três Poderes. Isso significa que o presidente do Brasil não pode interferir nas decisões da justiça brasileira, ao contrário do que querem impor ao nosso país.



Minhas amigas e meus amigos, este é o momento em que a História nos pergunta de que lado estamos. O Governo do Brasil está do lado do povo brasileiro. Povo que acorda cedo, todos os dias, para trabalhar pela prosperidade da sua família.



Este é o momento da união de todos em defesa do que pertence a todos: a nossa Pátria brasileira e as cores da bandeira do nosso país.



A História nos coloca diante de um grande desafio e pergunta se somos capazes de enfrentá-lo. E nós dizemos: sim. Temos fé, experiência e coragem para seguir cuidando do nosso futuro e da esperança da nossa gente.



Que Deus abençoe o Brasil.



Um abraço, e feliz Dia da Independência.



 



 



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Fonte: Redação com informações de Terra e Governo Federal
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