Voluntária é acusada de usar doações para benefício próprio
Uma denúncia que surgiu nas redes sociais nos últimos dias trouxe à tona um suposto caso de desvio de dinheiro dentro de um grupo de voluntários que atua na proteção animal em Braço do Norte. Os indícios apontam que uma das integrantes da associação informal “Patinhas Carentes” teria utilizado parte dos valores arrecadados para uso pessoal, contrariando o propósito das doações, que seriam destinadas ao cuidado e tratamento de animais em situação de abandono ou maus-tratos.
Exclusivamente ao Grupo Hiper, a delegada Jucinês Ferreira confirmou que o caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil após questionamentos da imprensa, motivados pela repercussão nas redes sociais. Segundo ela, embora a organização não tenha registro jurídico como CNPJ, atua publicamente como uma entidade de proteção animal e arrecadava recursos com um fim específico. “A depender da conduta, isso pode configurar apropriação indébita, furto ou estelionato. A investigação buscará entender se houve má-fé no uso desses valores, se havia ciência das demais voluntárias e se o dinheiro foi desviado de maneira maliciosa", explicou a delegada, destacando que o valor estimado do prejuízo seria de R$ 36 mil.
Em nota oficial divulgada nas redes sociais, a Associação de Proteção Animal Patinhas Carentes admitiu o ocorrido e afirmou que a voluntária envolvida na retirada do dinheiro já assinou um termo de confissão de dívida, comprometendo-se a devolver integralmente os valores. A organização frisou que o episódio foi isolado, que os animais não foram prejudicados e que todas as medidas estão sendo tomadas para evitar que algo semelhante volte a acontecer.
Apesar da nota de esclarecimento, o episódio causou abalo na rede de apoio à causa animal no município. Outros voluntários independentes e colaboradores afirmaram que as doações, fundamentais para o atendimento a dezenas de cães e gatos, diminuíram consideravelmente nos últimos dias, prejudicando diretamente o trabalho coletivo que vem sendo desenvolvido há anos na região. Muitos reforçam que o erro de uma pessoa não deve comprometer o esforço de dezenas que atuam de forma transparente e comprometida.
A Polícia Civil informou que abrirá um procedimento de verificação para aprofundar os fatos e ouvir os envolvidos. Enquanto isso, a rede de proteção animal pede que a população continue apoiando a causa, seja por meio de doações de rações, medicamentos ou outros insumos necessários à continuidade do trabalho voluntário.
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