Estado mantém liderança no ranking nacional com Índice de Gini de 0,424, 17,8% melhor que a média brasileira
Santa Catarina alcançou o melhor desempenho do Brasil na distribuição de renda entre trabalhadores ocupados no primeiro trimestre de 2025. Segundo os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), o estado registrou o menor Índice de Gini do país: 0,424, resultado 17,8% melhor que a média nacional de 0,516.
O Índice de Gini, reconhecido internacionalmente, mede o grau de concentração de renda em uma escala de 0 a 1 — quanto mais próximo de zero, mais igualitária é a distribuição. Para o cálculo, foram considerados os rendimentos efetivamente recebidos em todos os trabalhos por pessoas com mais de 14 anos, no período analisado.
“É como eu sempre digo: o melhor programa de transformação social é o emprego. É com oportunidades de trabalho que conseguimos dar liberdade para a pessoa empreender e mudar de vida. E buscamos melhorar isso todos os dias aqui em Santa Catarina, com um ambiente econômico com menos impostos, segurança jurídica para quem quer investir e facilidade para a abertura de novos empreendimentos que gerem mais vagas de emprego”, afirmou o governador Jorginho Mello.
O desempenho catarinense é consistente. Desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, o estado lidera o ranking nacional na maior parte dos anos, com exceção de 2021.
A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) divulgou nesta quinta-feira, 7 de agosto, uma nova edição do Boletim Trimestral de Indicadores do Trabalho, detalhando a distribuição de renda por setor, região, sexo e grau de instrução. O secretário Fabrício Oliveira destacou que fatores estruturais, como alto índice de formalização, baixa taxa de desemprego e elevados níveis de produtividade, contribuem para o resultado. Ele citou ainda o segmento de Alojamento e alimentação, que reduziu em cerca de 20% a desigualdade desde 2012 e hoje apresenta Índice de Gini de 0,357.
Entre os recortes, o maior equilíbrio na distribuição de renda foi observado entre mulheres ocupadas, com índice de 0,407, e entre trabalhadores com ensino médio completo ou equivalente, que registraram 0,324 no período.
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