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15/05/2024 08h58

Safra da tainha já tem 20 mil capturas; emalhe anilhado inicia nesta quarta

O emalhe anilhado começa com mais de cem embarcações, em todo litoral catarinense, com possibilidade de capturar cerca de 400 toneladas de tainha

Foto: Reprodução/ND

A safra da tainha, após duas semanas, começou muito bem para os pescadores da Ilha, com quase 20 mil já capturadas. O início foi em 1º de maio, na modalidade de arrasto de praia, que se estende até dezembro.

Nesta quarta-feira (15), começa o emalhe anilhado, com mais de cem embarcações, em todo o litoral catarinense, podendo capturar pouco mais de 400 toneladas. Eles atuam até 31 de julho ou até atingirem a cota.

Em 1º de junho começa a pesca industrial, também com o limite de 400 toneladas, e até 31 de julho ou até atingir a cota.

A tragédia climática do Rio Grande do Sul pode afetar a safra, afinal, a lagoa dos Patos, um dos principais berços da tainha que vem para o litoral catarinense, foi atingida. Até o momento, entretanto, os efeitos são desconhecidos.

Secretário de Pesca e Aquicultura de Santa Catarina, Tiago Frigo lembra que diversos fatores influenciam a chegada do peixe a Santa Catarina. Um deles é a captura na própria lagoa dos Patos.

“Nunca se capturou tanto lá nos últimos anos quanto em 2023. Esse pode ser um dos impactos. A questão das chuvas influencia porque os pescadores lá não pegaram nem camarão, nem tainha, mas ainda não sabemos se elas já subiram para Santa Catarina”, afirma Frigo.

A Mugio Liza, tainha que vem para Florianópolis, também sai do Uruguai e da Argentina, então, ainda não é possível dimensionar qual volume virá de cada baía, mas até o momento, o começo é promissor.

Frigo ressaltou que a Ilha já registra praticamente o dobro de tainhas, considerando o mesmo período de 2023. Além disso, os grandes lanços vieram somente em meados de junho no ano passado, após um ciclone extratropical.

“Com certeza haverá impacto das enchentes, mas a gente não sabe mensurar ainda o fluxo da tainha que faz esse percurso do Rio Grande, do Uruguai e da Argentina”, diz Frigo. O impacto será monitorado, porque vai refletir nas discussões com o Ministério da Pesca ano que vem.

Os dados na Ilha em 2024 são animadores. Ano passado, até 15 de maio, os pescadores da cidade tinham capturado 12 mil tainhas. Neste ano, o Tainhômetro da Prefeitura de Florianópolis registra 19.603.

O destaque é a praia do Pântano do Sul, que lidera o ranking com 9.803 capturas. A Lagoinha do Leste defende o título de 2023, com 61.189 capturas, mas este ano, registrou 552 e está em 7º lugar no ranking.


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Safra da tainha

Secretário de Pesca, Maricultura e Agricultura de Florianópolis, Laurentino Neves, 61 anos, também avalia que o começo da safra está muito bom este ano.

“Normalmente começa em meados de maio e em 2024 antecipou. Para os pescadores, está muito bom”, declara. Para ele, a tainha vai ter que vir para o Norte atrás de salinidade e temperatura mais fria para a desova.

“O que pode acontecer é mudar a trajetória. Em vez de passar mais por terra, passar mais por fora, como ocorreu em outras safras”, pondera. Ele acredita, entretanto, que o impacto das enchentes no Rio Grande deve ser mais forte na safra que vem.

Comentando os números do Tainhômetro, Laurentino ressalta que, na tarde de ontem, houve um importante cerco no Pântano do Sul, o que deve fazer os números da praia, que atualmente está na liderança, se tornarem ainda mais significativos.

O cálculo preliminar aponta para 1.900 capturas. Ele também disse que as modalidades de arrasto de praia e emalhe anilhado, que começam nesta quarta-feira (15), se complementam.

“O emalhe fomenta toda a nossa Ilha e traz renda para os bairros. A Barra da Lagoa, hoje, pode-se dizer, é uma das maiores zonas pesqueiras de pesca artesanal. Se chega uma embarcação com tainha, o mercado vende, os restaurantes vendem, os estacionamentos ficam lotados, enfim, traz renda para bairros e o munícipio”, destaca.

Tainhômetro de 13 de maio

Pântano do Sul: 9.803

Barra da Lagoa: 4.837

Campeche: 1.160

Praia do Gravatá: 721

Naufragados: 698

Jurerê: 626

Lagoinha do Norte: 552

Galheta: 453

Ingleses: 330

Cachoeira: 309

Praia do Forte: 114



 



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Fonte: NDMais.
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