Presidente Losivanio Luiz de Lorenzi fala sobre impactos da possível taxação dos EUA e os desafios dos produtores catarinenses
O presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, participou do Jornal Hora Hiper, na rádio Hiperativa FM, nesta terça-feira (5), e alertou para os efeitos das especulações em torno de uma possível taxação da carne suína brasileira pelos Estados Unidos. A simples notícia, segundo ele, já provocou queda nos preços, especialmente para produtores independentes.
“Foi uma queda movida por especulação. Só no primeiro semestre, exportamos cerca de 7 mil toneladas para os EUA. O risco real é se outros países, como a Argentina, seguirem o mesmo caminho”, destacou. Após um recuo em junho, o preço voltou a subir no fim de julho, mas o cenário ainda exige cautela.
Santa Catarina concentra a maior parte dos produtores independentes, especialmente em Braço do Norte, e segue como um dos maiores polos do país. Losivanio também celebrou os quatro anos da Bolsa de Suínos da cidade, ferramenta essencial na negociação de preços entre produtores e frigoríficos.
Ele também chamou atenção para o custo de produção. O milho chega a R$ 70 a saca e o farelo de soja, a R$ 1.600 a tonelada. Mesmo com o quilo do suíno sendo vendido a cerca de R$ 8, a margem ainda é apertada. “Estamos buscando formas de reduzir os custos para garantir que os produtores continuem no campo”, afirmou.
Apesar dos desafios, os principais mercados para a carne suína brasileira que são China e Filipinas seguem firmes. O presidente reforçou que a ACCS trabalha para proteger a produção nacional e manter a sustentabilidade econômica dos suinocultores.
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