O anuênio é um adicional de 1% do salário-base por ano de serviço, extinto em comum acordo em 2016; negociações agora terão mediação do Ministério Público do Trabalho.
Após o anúncio da greve feito na última segunda-feira (22), a Celesc voltou a se reunir nesta sexta-feira (26) com representantes sindicais para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/2026. O principal ponto em debate é a retomada do anuênio para empregados admitidos a partir de outubro de 2016, assunto que também dominou as negociações anteriores.
O anuênio é um adicional de 1% do salário-base por ano de serviço, extinto em comum acordo em 2016. Segundo a Celesc, retomar o benefício teria impacto projetado de R$ 787 milhões, o que colocaria em risco a sustentabilidade financeira da companhia. Nas reuniões, a empresa apresentou números e simulações baseados nas propostas da Intercel, reforçando a necessidade de cautela.
Sem consenso, as negociações agora seguirão com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a pedido dos sindicatos.
Além do anuênio, a proposta apresentada pela Celesc inclui reajuste salarial pelo índice da inflação, atualização de auxílios, ampliação do vale-alimentação, concessão de um vale extra no início de 2026 e a manutenção de programas de saúde, bem-estar e acessibilidade. A diretoria destacou que nenhum direito foi retirado e reafirmou a disposição para o diálogo.
“É preciso garantir equilíbrio entre benefícios, salários e investimentos para assegurar a saúde financeira da empresa e o bom atendimento à sociedade catarinense”, afirmou a administração em nota.
Em paralelo às negociações, a companhia destacou que continua investindo em novas subestações, redes trifásicas, expansão de linhas de transmissão e no Corredor Elétrico Catarinense, reforçando o compromisso com a modernização e melhoria no fornecimento de energia.
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