Desempenho negativo foi puxado principalmente pela redução nos embarques de carne de frango (-31,6%) e tabaco (-22,6%).
Florianópolis, 15.1.2021 - As exportações catarinenses de janeiro a dezembro somaram US$ 8,1 bilhões. O valor é -9,2% inferior ao registrado no mesmo período em 2019. A queda foi puxada principalmente pela redução nos embarques de carne de frango (-31,6%) e tabaco (-22,6%), mostram os dados do Ministério da Economia, analisados pelo Observatório FIESC.
A carne suína, principal produto exportado por Santa Catarina em 2020, apresentou um crescimento de 36,8% em relação a 2019. A China é o principal consumidor deste produto e tem apresentado uma rápida recuperação de sua economia. Em relação aos principais destinos do comércio internacional catarinense, destaca-se a China que foi responsável por US$ 1,71 bilhão das exportações do estado, seguido dos Estados Unidos, que foi o segundo país que mais absorveu a produção catarinense (US$ 1,34 bilhão). Apesar de uma queda de -8% das exportações do estado para a Argentina em 2020 em comparação com 2019, o país vizinho continua sendo um dos principais destinos dos produtos catarinenses, ficando na terceira posição no ranking das exportações do estado
Importações: No consolidado do ano de 2020, as importações de Santa Catarina somaram US$ 16 bilhões, apresentando desempenho inferior ao mesmo período em 2019, com uma variação de -5,5%. Entre os produtos importados pelo estado destaca-se o cobre, que é um dos principais insumos para a indústria, muito utilizado na cadeia de produção de motores elétricos. O adubo foi o segundo produto mais importado, com um valor de US$ 317 milhões, seguido de painéis solares, cujo o montante importado foi de US$ 223 milhões.
Dos US$ 778 milhões de cobre importados por Santa Catarina em 2020, 92% teve como origem o Chile, sendo que houve um aumento de 26,7% nas importações deste produto em comparação com o ano passado. Este crescimento decorre do fato de que, ao longo de 2020, observou-se tanto um aumento mundial da demanda pelo produto quanto uma diminuição de sua produção – principalmente no início da pandemia –, implicando em um grande aumento do seu preço.