Programação inclui missas, apresentação teatral, translado de relíquia e consagração da nova igreja
Divulgação
A tradicional festa em honra a Santa Augusta, realizada na comunidade que leva o mesmo nome em Braço do Norte, ganhou destaque no jornal Hora Hiper, da Rádio Hiperativa FM, na manhã desta quinta-feira, 21. Os representantes da comunidade, José Della Giustina e Alexis Della Giustina, participaram de uma entrevista especial, onde compartilharam detalhes sobre a programação religiosa e cultural da festividade.
A comemoração marca o aniversário de nascimento de Santa Augusta, celebrado em 22 de agosto, e teve início no último dia 14 com o ciclo de nove novenas. A última ocorre nesta sexta-feira (22), às 19h30, com uma missa presidida pelo padre Joacir Della Giustina, filho da comunidade. Após a celebração, haverá apresentação teatral dos catequizandos, encenando a história de vida da santa.
Um dos momentos mais marcantes será o translado da relíquia de Santa Augusta, uma falange, parte de seu dedo, atualmente guardada na antiga capela dentro de um cofre. A relíquia será levada à nova igreja, que será oficialmente apresentada à comunidade. O antigo salão de festas foi transformado em um espaço de fé permanente, com um oratório onde a relíquia ficará exposta em tempo integral.
A programação segue no sábado (23), com missa às 19h, celebrada pelo padre Pedro Paulo das Neves e cantada pelo Coral de Santa Augusta, seguida por serviço de bar e cozinha. Já no domingo (24), às 10h, acontece a missa de consagração da nova igreja, presidida por Dom Adilson Pedro Busin, bispo da diocese, com participação dos corais Santa Cecília e Terceira Idade. Após a missa, será servido o tradicional almoço em porções, com atrações musicais durante a tarde.
A gastronomia típica da festa também é destaque, com quitutes tradicionais passados de geração em geração, como a broa caseira e o churrasco temperado com laranja azeda, herança dos imigrantes italianos.
A Capela de Santa Augusta, que celebra 138 anos, é considerada a obra civil mais antiga ainda em pé no município. A história da construção remonta a João Batista Uliano, imigrante italiano devoto da santa, que, ao se curar de uma dor de dente após uma promessa, construiu uma gruta em sua propriedade. Mais tarde, em 1887, famílias da comunidade como os Uliano, Della Giustina, Coan, Prá e Guisoni decidiram construir uma capela no alto do morro, em terreno doado pela família Guisoni, com a condição de que a comunidade abrisse uma estrada até o centro.
Em 1939 foi construída a torre da capela, que hoje, devido à demanda de fiéis, já não comporta as celebrações. Um projeto de restauração está sendo executado pelo engenheiro Valdir Volpato e pela arquiteta Júlia Michels, com o objetivo de preservar as características originais do templo.
A festa representa não só a fé da comunidade, mas também o seu compromisso em manter viva a história e a cultura deixadas pelos antepassados.
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