A quarta fase da operação cumpre de oito ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens dos investigados
Foto: PCSC
No início da manhã desta quinta-feira (20), a Polícia Civil deflagrou mais uma fase da operação "Exspiravit". A ação, conduzida pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Santa Catarina, visa apurar desvio de rendas públicas e outras fraudes orquestradas em contratos administrativos entre o município de Pescaria Brava e uma empresa sediada em Laguna.
As investigações revelaram que, entre 2020 e 2022, um ex-agente político de Pescaria Brava teria se associado a um empresário vencedor de diversas licitações no município. Juntos, eles desviaram rendas públicas destinadas ao pagamento de trabalhadores das Secretarias da Educação e de Obras, utilizando a empresa investigada como intermediária. Os desvios tinham como objetivo remunerar apadrinhados políticos e cabos eleitorais do ex-agente político. Além disso, constatou-se o superfaturamento dos contratos, chegando a remunerar até 50% a mais pelos serviços prestados. Em um exemplo específico, pagamentos realizados por Pescaria Brava foram direcionados até mesmo ao pai de um vereador de Joinville, que raramente visitava o município.
A deflagração da "Operação Exspiravit" contou com a participação de policiais civis das Delegacias de Polícia de Imbituba, Pescaria Brava, DIC de Tubarão e o Laboratório de Lavagem de Dinheiro - núcleo Sul. Esta é a quarta fase da operação, e teve como objetivo o cumprimento de oito ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens dos investigados, totalizando R$ 1.708.405,92.
As fases anteriores da operação foram conduzidas em absoluto sigilo, evidenciando a complexidade e a seriedade das apurações.
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