Influenciador paraibano denunciado em vídeo por Felca é alvo de duas ações no Ministério Público da Paraíba, em João Pessoa e Bayeux, além de uma investigação no Ministério Público do Trabalho
O influenciador paraibano Hytalo Santos foi preso nesta sexta-feira (15) em São Paulo. Ele é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de menores de idade em conteúdos produzidos para as redes sociais. O caso ganhou repercussão após denúncias do youtuber Felca sobre casos de "adultização" de crianças e adolescentes.
Desde o dia 6, quando Felca, que tem mais de 4 milhões de inscritos no YouTube, citou em um vídeo a atuação de Hytalo na criação desse tipo de conteúdo com menores, o influenciador foi alvo de medidas da Justiça da Paraíba em resposta a uma ação civil pública do MPPB, além de mandados de busca e apreensão.
A Justiça da Paraíba determinou, na terça-feira (12), o bloqueio das redes sociais do influenciador Hytalo e a desmonetização dos vídeos já publicados, impedindo que gerem receita. A medida foi solicitada pelo Ministério Público e inclui ainda a proibição de contato com os adolescentes citados nas investigações, que apuram a exposição de menores em conteúdos de caráter sexual.
Na quinta-feira (14), policiais apreenderam computadores e celulares na residência do influenciador, em João Pessoa, após ordem judicial que autorizava o arrombamento do imóvel, se necessário. No dia anterior, um mandado havia sido cumprido no mesmo endereço, mas ninguém foi encontrado no local.
Segundo a defesa, Hytalo não tinha conhecimento da busca, pois a medida corria em sigilo. Ele nega todas as acusações e afirma estar à disposição da Justiça, reforçando que jamais praticou atos contra a dignidade de crianças e adolescentes.
As investigações do Ministério Público da Paraíba começaram em 2024 e tramitam em duas promotorias. Em Bayeux, a apuração envolve denúncias de vizinhos sobre festas com adolescentes, consumo de bebida alcoólica e topless. Em João Pessoa, o caso investiga possível esquema para emancipação de menores em troca de presentes, como celulares.
O influenciador também é alvo de investigação do Ministério Público do Trabalho, que analisou mais de 50 vídeos e ouviu ao menos 15 pessoas ligadas à produção de conteúdo para suas redes sociais.
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