“Eles utilizaram armas de guerra” garantiu o delegado
Em entrevista ao programa Hora H na Hiperativa FM, na manhã desta terça-feira, o delegado Ulisses Gabriel, que estava de plantão na regional de Criciúma, relatou que ao tomar conhecimento dos fatos, imediatamente convocou reforços iniciando um incursão a pé aos locais cercados pelos bandidos.
Quando chegaram no banco, a quadrilha já havia iniciado a fuga. Conforme relato do delegado, quatro presos ainda na madrugada não eram membros da quadrilha, e sim populares que se aproveitaram da ocasião para pegar o dinheiro deixado pelos bandidos.
Ulisses explicou que a quadrilha utilizou no assalto armas de guerra e vários veículos na ação. “Eles estavam portando armas calibre 9mm, calibre .556, calibre .762 e calibre .50 e usaram aproximadamente 10 veículos que já foram encontrados em Nova Veneza”. As investigações já iniciaram e amostras de DNA e digitais já foram recolhidas do local e devem ajudar na identificação dos membros da quadrilha.
Uso de Caminhões
Além da utilização de 10 veículos, identificados com emplacamento em São Paulo, a quadrilha que assaltou o Banco do Brasil em Criciúma, utilizou 2 caminhões. Um deles foi usado na BR-101, os criminosos o incendiaram na saída do túnel do Morro do Formigão, em Tubarão, para atrasar a chegada de reforços de efetivo policial na cidade. Diversos miguelitos também foram depositados sobre a pista, no KM 337 da BR-101
O caminhão tem placas de Dumont (SP) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) trabalha para identificar possível registro de furto/roubo e o proprietário. As guarnições do Corpo de Bombeiros de Tubarão e Capivari de Baixo foram acionadas para apagar o incêndio e utilizaram seis mil litros de água para extinção, rescaldo e lavagem da pista.
A rodovia ficou interditada no sentido Tubarão/Criciúma até por volta das 2 horas, quando o caminhão foi removido da pista e limpeza foi concluída. Não houve vítimas e o local ficou aos cuidados da PRF.
Em Criciúma, o grupo armado também utilizou um caminhão com explosivos para atingir a sede do comando da Polícia Militar, no bairro Jardim Maristela, na região da próspera.
Investigações sobre o paradeiro da quadrilha já estão em andamento
Uma força tarefa da Polícia Civil já iniciou as investigações contra os criminosos que sitiaram Criciúma na madrugada desta terça-feira, dia 1º de dezembro. Após o roubo imediatamente equipes de todo os estados foram encaminhadas para Criciúma.
Segundo o delegado Márcio Campos Neves, da DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), é bem possível que os bandidos teriam utilizado um caminhão e três veículos para fugir de Nova Veneza. “Estamos tentando pegar os rastros para que possamos realizar a perícia. A DEIC está com o caso. Ainda não sabemos como eles fugiram, mas não descartamos que eles tenham se evadido com um caminhão. Nossa expectativa é que tenham sido mais de 30 homens”, comentou o delegado
Ainda conforme Márcio, todos os carros encontrados em Nova Veneza foram lacrados para a perícia. “Havia dinheiro e objetos dentro dos veículos, porém a perícia vai verificar se encontra algum tipo de vestígio”, finaliza.
A polícia ressalta que agora a principal missão e encontrar o rastro dos bandidos e tentar prendê-los.
Especulações
Ainda não e possível saber quem são e de onde veio a quadrilha que realizou aquela que está sendo chamado de “o maior crime já ocorrido na história de Santa Catarina”, mas a Polícia Federal diz que já investiga a participação do PCC (Primeiro Comando da Capital) facção criminosa que atua em vários estados do Brasil.
Governador
O governador Carlos Moises deve se manifestar por volta das 11 horas juntamente com o prefeito de Criciúma Clésio Salvaro. Em uma entrevista, o governador já declarou que a Secretaria de Segurança Pública vai colocar todo seu efetivo e todos os seus esforços para prender os autores do crime.