No Líbano, Mirna vivia com o pai, a mãe e três irmãos
Foto: Reprodução
Uma adolescente brasileira de 16 anos, natural de Balneário Camboriú (SC), morreu em um bombardeio no Líbano na segunda-feira, 23 de setembro. A informação foi confirmada por familiares nesta quinta-feira, 26. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, que seria a segunda morte de um brasileiro no Líbano desde a intensificação dos bombardeios entre Israel e o grupo Hezbollah.
De acordo com Ali Hussein Nasser, tio da vítima, a jovem Mirna Raef Nasser estava no Vale do Bekaa, a mesma região onde outro jovem brasileiro, Ali Kamal Abdallah, também de 16 anos, morreu na segunda-feira. Mirna estava acompanhada do pai, Raef Nasser, que também faleceu no ataque.
Mirna havia se mudado para o Líbano aos 1 ano e 2 meses de idade, quando seu pai, que é libanês, decidiu permanecer no país após conseguir um emprego. No Líbano, Mirna vivia com o pai, a mãe e três irmãos.
Segundo o tio, na segunda-feira a família havia deixado a casa no norte do Líbano pela manhã e retornou à tarde para buscar roupas e materiais escolares. Foi nesse momento que a residência foi atingida por um bombardeio. "Ela disse aos irmãos para esperarem, que voltaria rapidamente. Quando chegaram à casa, o ataque aconteceu", relatou Ali Hussein Nasser. "Foi violento, não sobrou nada da casa."
Desde o início da guerra em Gaza, Israel e o Hezbollah têm trocado ataques ao longo da fronteira. Na última semana, Israel intensificou sua campanha militar, e na madrugada de quinta-feira, 26, o Exército israelense informou ter atingido 75 alvos do Hezbollah no sul e leste do Líbano. O bombardeio de segunda-feira resultou na morte de 558 pessoas e deixou mais de 1.800 feridos, de acordo com autoridades libanesas. Este foi o maior número de vítimas em um único dia desde o fim da guerra civil libanesa (1975-1990).
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