O golpe consiste em criminosos se passando por jovens mulheres para extorquir vítimas com ameaças de divulgação de imagens íntimas
Um homem foi preso na tarde de ontem (13), no bairro São Roque, em Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina, suspeito de integrar um grupo criminoso especializado no "golpe da novinha". O esquema extorquiu mais de R$ 2 milhões de um empresário de Cuiabá (MT) entre os anos de 2021 e 2022. A prisão foi realizada no âmbito da Operação Phantom, deflagrada pelas Polícias Civis do Rio Grande do Sul (PCRS) e do Mato Grosso (PCMT).
Ao todo, 12 pessoas foram presas e 15 foram alvo de buscas em Itajaí, além de cidades gaúchas como Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Guaporé. Diante das provas obtidas durante a investigação, a Justiça determinou o sequestro de bens móveis e imóveis, bem como o bloqueio de contas bancárias dos envolvidos.
As investigações começaram em 2021, visando um grupo criminoso que realizava estelionato e extorsão cibernética, mais especificamente na modalidade de sextorsão. O golpe teve como alvo um empresário de Cuiabá, que foi coagido a transferir mais de R$ 2 milhões aos criminosos, sob ameaças de ter seu nome envolvido em investigações falsas ou imagens íntimas divulgadas.
Entenda o ‘golpe da novinha’
Segundo a PCRS, os criminosos se passavam por jovens mulheres, policiais ou parentes de supostas vítimas para extorquir empresários. Eles criavam perfis falsos em redes sociais, com fotos de jovens atraentes, convidando as vítimas para uma amizade. Após isso, trocavam fotos e vídeos íntimos por aplicativos de mensagens. Em seguida, outro criminoso entrava em cena, passando-se por policial civil ou por um parente da jovem, alegando que ela era menor de idade e que a vítima estaria praticando pedofilia pela internet.
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