Com 93% dos leitos ocupados, estado enfrenta alta de casos de SRAG e gripe grave, principalmente entre crianças e idosos
Com mais de 90% dos leitos de UTI ocupados, o governo de Santa Catarina decretou situação de emergência em saúde pública na noite de quinta-feira (12). A medida foi tomada diante do aumento expressivo de casos de doenças respiratórias no estado, especialmente a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que tem pressionado o sistema hospitalar.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, nesta sexta-feira (13), a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva chegou a 93%. Das 1.423 vagas existentes, apenas 87 estavam disponíveis. O cenário é ainda mais crítico em regiões como o Grande Oeste, que atingiu 98% de ocupação, e a Grande Florianópolis, com 95%. Na Capital, inclusive, a emergência já havia sido decretada há um mês.
Desde o início de 2025, Santa Catarina já registrou 1,2 mil casos de SRAG, influenza ou gripe grave — um aumento de 30% em comparação ao mesmo período do ano passado, que contabilizou 932 notificações. As mortes também cresceram: foram 142 neste ano, contra 67 em 2024.
Segundo a Secretaria de Saúde, os grupos mais afetados são crianças menores de 5 anos e idosos acima de 60. A situação levou o governo a adotar medidas emergenciais, como a abertura ágil de novos leitos de UTI e a possibilidade de compra de vagas em hospitais privados.
O Decreto nº 1.031/2025, publicado oficialmente, autoriza ainda a requisição de bens e serviços de entidades privadas e permite a edição de normas complementares para enfrentamento da crise. A vigência da medida será de 180 dias.
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