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SAÚDE
24/05/2024 07h28

São Martinho registra o primeiro caso de Febre Oropouche

​​​​​​​A febre do Oropouche apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, mas até o momento não há registros de mortes relacionadas à doença

Foto: Flávio Carvalho/WMP

A Regional de Saúde confirmou nesta quinta-feira (23) o primeiro caso de febre do Oropouche no município de São Martinho. O paciente, um homem de 52 anos, relatou ter viajado recentemente para Joinville e Jaraguá do Sul, onde sofreu diversas picadas de insetos conhecidos como maruim.

A bióloga Sabrina Fernandes Cardoso, da Regional de Saúde, explicou que ao retornar para São Martinho, o homem começou a apresentar sintomas como dor de cabeça, sudorese, febre e calafrios. Ele procurou a Vigilância Epidemiológica do município, que, em parceria com a Gerência Regional de Saúde de Tubarão, suspeitou de febre do Oropouche.

"Ele foi testado para outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, apresentando resultados negativos. No entanto, no teste de biologia molecular (PCR), foi possível detectar o vírus da família Peribunyaviridae, causador da febre do Oropouche. O paciente foi tratado adequadamente para a doença e já se recuperou completamente", explicou Sabrina.

Como se prevenir

Para prevenir a febre do Oropouche, a bióloga recomenda:




  • Evitar áreas de mata e beiras de rios ou locais com transmissão, especialmente entre 9h e 16h, horários de maior atividade do vetor.

  • Usar roupas compridas que cubram braços e pernas, sapatos fechados, repelente e mosquiteiros.

  • Manter terrenos e locais de criação de animais limpos, recolhendo folhas e frutos caídos.



Sobre a Doença

A febre do Oropouche apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, mas até o momento não há registros de fatalidades relacionadas à doença. Desde o início de 2024, casos foram notificados em estados da região Norte do Brasil, como Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Em Santa Catarina, os primeiros casos foram registrados em Brusque, Botuverá, Luís Alves, Blumenau e Guabiruba, conforme informou Sabrina Cardoso.

Transmissão

A febre do Oropouche possui dois ciclos de transmissão: silvestre e urbano. No ciclo silvestre, alguns animais como roedores e primatas não-humanos podem atuar como hospedeiros amplificadores, com o maruim sendo o vetor primário. No ciclo urbano, o homem é o principal hospedeiro, e além do maruim, mosquitos como pernilongos ou muriçocas também podem transmitir o vírus.



 


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Fonte: Redação com informações de Diário do Sul
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