As queimaduras causadas por esses animais podem provocar dor, vermelhidão, inchaço e bolhas na pele
As praias do Sul de Santa Catarina estão registrando um alto número de queimaduras por águas-vivas e caravelas-portuguesas neste verão. Segundo o 4° Batalhão dos Bombeiros Militar (4° BBM) de Criciúma, entre 1° de janeiro e 5 de fevereiro de 2024, foram atendidas cerca de 18 mil ocorrências de lesões por água-viva nas cinco praias da região (Balneário Rincão, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Morro dos Conventos e Passo de Torres). O número representa um aumento de quase 70% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para alertar os banhistas sobre o risco de contato com esses animais, os postos de guarda-vidas hastear a bandeira lilás nas praias. “Essa bandeira é um sinal de que há ocorrência de água-viva naquela praia, e serve de alerta para os banhistas”, explicou o comandante do 4º BBM, tenente-coronel Henrique Piovezam da Silveira.
A bióloga Daniela Bôlla, especialista em cnidários (grupo que inclui as águas-vivas e as caravelas), disse que esses animais são levados pelos ventos fortes para a costa durante os meses de primavera e verão, e ficam encalhados nas praias, podendo causar acidentes. Ela também afirmou que o aumento da temperatura da água favorece o maior aparecimento das caravelas, que são mais perigosas do que as águas-vivas.
As queimaduras causadas por esses animais podem provocar dor, vermelhidão, inchaço e bolhas na pele. Em casos mais graves, podem ocorrer reações alérgicas, choque anafilático e até morte. Por isso, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (CBMSC) orienta que, em caso de queimadura, o banhista procure imediatamente um posto de guarda-vidas para receber o atendimento inicial e as orientações adequadas. “O indicado é não lavar com água doce, mas sim borrifar vinagre na lesão, neutralizando o efeito das toxinas e também evitar coçar a área atingida”, reforçou o comandante do 4º BBM.
O CBMSC também disponibiliza uma área temática em seu site que reúne todas as informações da Operação Veraneio, que pode ser acessada através dos QR Codes espalhados pelas praias de todo o litoral catarinense. O objetivo é facilitar a orientação aos moradores e turistas que aproveitam as praias de Santa Catarina.
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