A espécie foi encontrada durante coletas realizadas em 2023, motivadas por mortes de primatas registradas em 2021 na região de Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna, Braço do Norte, São Martinho e Pedras Grandes
Foto: Divulgação/UFSC
Pela primeira vez, o mosquito Haemagogus leucocelaenus — transmissor da febre amarela silvestre — foi identificado em áreas de mata de cinco municípios de Santa Catarina, segundo pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina. A descoberta reforça o alerta para a vacinação, recomendada em todo o Estado desde 2018.
A espécie foi registrada durante coletas realizadas em 2023, motivadas por mortes de primatas ocorridas em 2021 nos municípios de Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna, Braço do Norte, São Martinho e Pedras Grandes. No total, mais de quatro mil mosquitos foram capturados, sendo 91 do gênero Haemagogus. Após análises morfológicas e moleculares, todos foram confirmados como Haemagogus leucocelaenus.
A bióloga Sabrina Fernandes Cardoso, responsável pelo estudo, explica que o achado acende um alerta de saúde pública. A presença do vetor em áreas de mata cria condições para um possível retorno da transmissão urbana caso o vírus circule nas cidades. Ela reforça a necessidade da vacinação, especialmente entre moradores que vivem próximos a regiões de mata.
A pesquisa contou com apoio da Fiocruz, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado e de outras instituições. Os resultados foram publicados na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, com repercussão internacional.
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