Alta nos casos gripais e urgências complexas pressiona estrutura hospitalar e reforça necessidade de uso consciente do pronto-socorro
Diogo de Souza / Portal Hora Hiper
O Hospital Santa Teresinha, em Braço do Norte, tem enfrentado picos de superlotação nos últimos meses, especialmente em dias esporádicos. O aumento na demanda tem causado demora nos atendimentos e até a necessidade de improvisar com macas nos corredores. Em coletiva de imprensa, a direção da instituição explicou o cenário e fez um apelo para que a população busque, sempre que possível, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a Policlínica em casos menos urgentes.
Segundo a gestão hospitalar, o principal fator para a sobrecarga é o aumento expressivo de casos de síndromes respiratórias e gripais, comuns nesta época do ano, mas que têm ocorrido com intensidade acima do esperado. Além disso, atendimentos mais complexos, que antes eram encaminhados a outras instituições, agora têm sido concentrados no Santa Teresinha, o que pressiona ainda mais uma estrutura física que foi projetada há 90 anos.
“Em dias críticos, temos até quatro médicos atuando simultaneamente nas emergências, além de toda a equipe de apoio. Mesmo assim, o espaço físico limitado não comporta toda a demanda”, afirmou o diretor técnico Dr. Marcelo Brum Vinhas. A direção reforçou que ninguém deixa de ser atendido, mas alertou que muitos dos casos poderiam ser resolvidos nas UBSs, que contam com dois médicos cada, ou na Policlínica, que funciona até as 22h.
A instituição também destacou que trabalha com equipes de sobreaviso para atender os picos de movimento, mas que a imprevisibilidade das demandas torna o planejamento mais difícil. Apesar dos desafios, uma notícia positiva é que as obras de ampliação da estrutura hospitalar já estão com 85% de andamento e, quando concluídas, permitirão uma melhor organização dos setores e maior conforto para os pacientes.
A orientação do hospital é clara: para sintomas leves e casos não emergenciais, a população deve procurar os postos de saúde e a Policlínica. Isso ajuda a liberar o pronto-socorro para as verdadeiras urgências, contribuindo para um atendimento mais ágil, seguro e humanizado para todos.
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