Estado confirma aumento de ocorrências e óbitos em 2025 e orienta população sobre prevenção e sintomas
Foto: Secom/Divulgação
O governo do Estado de Santa Catarina registrou um aumento consistente nos casos de doença meningocócica/meningite nos últimos anos, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Até outubro de 2025, foram confirmados 36 casos da enfermidade no estado.
Relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) mostra que a doença vem apresentando oscilações desde 2021: naquele ano foram 14 casos; em 2022, o número subiu para 26; em 2023, chegou a 30; e, em 2024, Santa Catarina contabilizou 28 ocorrências.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza diversas vacinas que ajudam a prevenir formas de meningite bacteriana — entre elas, BCG, Meningocócica C, Meningocócica ACWY, Haemophilus influenzae tipo B e Pneumocócica. Todas estão disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do estado.
Para crianças, a vacina meningocócica C conjugada é oferecida a partir dos três meses até menores de cinco anos, com doses aos 3 e 5 meses e reforço aos 12 meses, quando é aplicada a ACWY. Já para adolescentes, a vacina ACWY integra a rotina dos 11 aos 14 anos.
O aumento também é observado no número de óbitos, que passou de três em 2024 para sete em 2025. Embora os casos estejam distribuídos pelo estado, a Região de Saúde da Serra Catarinense concentra 16,67% do total, seguida da Região Nordeste, com 13,89%. A faixa etária mais atingida é a de 30 a 39 anos, representando 27,78% dos casos.
Entre os sorogrupos identificados, o C apresenta maior incidência e letalidade — e possui vacina disponível no SUS para crianças e adolescentes. Dos sete óbitos confirmados neste ano, três foram causados pelo sorogrupo C, em pessoas entre 20 e 39 anos, resultando em uma taxa de letalidade de 19,4%.
A gerente de Imunização da DIVE, Arieli Fialho, alerta para a importância de reconhecer rapidamente os sintomas. Segundo ela, os sinais podem surgir de forma repentina e incluir febre, dor de cabeça, rigidez no pescoço, náuseas, vômitos e manchas vermelhas ou roxas na pele, que podem indicar meningococemia — forma mais grave da doença. Alterações de comportamento, sonolência e dificuldade para despertar também merecem atenção. Em recém-nascidos e lactentes, febre, irritação, cansaço e falta de apetite podem ser os únicos indícios.
A meningite é uma enfermidade grave e de rápida evolução, caracterizada pela inflamação das meninges, responsáveis por proteger o sistema nervoso central. A doença pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou fatores não infecciosos, como traumatismos.
Medidas de prevenção também incluem cuidados não farmacológicos, como manter ambientes ventilados, higienizar as mãos com frequência, desinfetar superfícies de uso comum, reforçar a limpeza em creches e escolas e evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como copos e talheres.
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