A média é de 386 ferimentos por dia, entre 16 de dezembro e 28 de janeiro
O verão em Santa Catarina tem sido marcado pela presença de águas-vivas nas praias, que já causaram mais de 16 mil lesões em banhistas, segundo o Corpo de Bombeiros Militar. A média é de 386 ferimentos por dia, entre 16 de dezembro e 28 de janeiro.
As águas-vivas são animais marinhos que possuem células urticantes nos tentáculos, que injetam veneno na pele de quem as toca. O contato provoca uma sensação de queimadura, que pode ser aliviada com vinagre. O Corpo de Bombeiros orienta que as vítimas procurem o posto de guarda-vidas mais próximo ou liguem para o 193 em caso de emergência.
O professor Alberto Lindner, do laboratório de Biodiversidade Marinha da UFSC, explica que o aumento de ocorrências com águas-vivas no verão é normal, pois a temperatura da água do mar influencia o ciclo de vida de algumas espécies. Ele afirma que neste ano, a temperatura da água do mar pode estar mais alta, favorecendo a reprodução e a migração das águas-vivas.
Lindner esclarece que as águas-vivas não são agressivas e não atacam as pessoas. Elas se movem passivamente pela corrente marinha e não percebem a presença dos banhistas. Os acidentes ocorrem quando há um toque acidental entre os tentáculos e a pele humana.
Os postos de guarda-vidas sinalizam a presença das águas-vivas com uma bandeira lilás, para alertar os banhistas sobre o risco. A recomendação é evitar entrar na água quando a bandeira estiver hasteada e observar a superfície do mar antes de mergulhar.
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