Alexandre de Moraes e Flávio Dino se posicionaram contra o ex-presidente; julgamento será retomado nesta quarta-feira com o voto de Luiz Fux
Durante o julgamento desta terça-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por todos os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele foi acompanhado pelo ministro Flávio Dino, levando o placar no Supremo Tribunal Federal (STF) a 2 a 0.
Após os dois votos, a sessão foi suspensa e será retomada nesta quarta-feira (10), às 9h, com a expectativa do posicionamento do ministro Luiz Fux. Ainda devem votar Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
No voto, Moraes afirmou que não há dúvidas de que os réus participaram de uma tentativa de golpe para abolir de forma violenta o Estado Democrático de Direito. Para o ministro, as provas apresentadas pela acusação demonstram que Bolsonaro atuou como liderança do grupo.
Entre os crimes apontados pela PGR estão:
-organização criminosa armada,
-tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
-golpe de Estado,
-dano qualificado contra o patrimônio da União,
-deterioração de patrimônio tombado.
Flávio Dino também votou pela condenação, mas fez ressalvas quanto à relevância da participação de alguns réus, como Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Alexandre Ramagem, que segundo ele tiveram papel de menor importância nos eventos.
A expectativa é de que o julgamento seja concluído até sexta-feira (12), já que a Primeira Turma do STF reservou sessões ao longo de toda a semana para analisar o caso.
Se condenado em todas as acusações, Jair Bolsonaro pode enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 40 anos de prisão.
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