A justificativa é que o aplicativo estaria vigiando os usuários estadunidenses
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou nesta quarta-feira (13) um projeto de lei que prevê a proibição do TikTok no país se a rede social não cortar os laços com sua empresa-mãe, a ByteDance, e de forma mais ampla com a China.
O TikTok está na mira das autoridades americanas há vários meses, devido a suspeitas de que a plataforma de vídeos curtos permita a Pequim espiar e manipular os seus 170 milhões de usuários nos Estados Unidos. A empresa negou repetidamente transmitir informações às autoridades chinesas e garantiu que recusaria qualquer possível pedido nesse sentido.
O texto da lei, adotado por uma larga maioria de 352 votos entre 432 deputados, "não proíbe o TikTok". argumentou o líder dos democratas na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, que votou a favor da proposta. "Destina-se a resolver questões legítimas de segurança nacional e de proteção de dados ligadas à relação do Partido Comunista Chinês com uma rede social", explicou num comunicado de imprensa.
"Permitir que o TikTok continue a operar nos Estados Unidos enquanto estiver sob o controle do Partido Comunista Chinês é simplesmente inaceitável", comentou o ex-vice-presidente republicano, Mike Pence, em comunicado.
Antes da votação, a China disse que proibir o TikTok nos Estados Unidos seria o equivalente à principal potência mundial "dar um tiro no próprio pé". Segundo o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, a proibição do aplicativo "minará a confiança dos investidores internacionais", alertou o diplomata chinês, condenando o que chamou de "intimidação" da rede social.
O projeto segue para o Senado, onde seu destino é incerto, já que alguns senadores se opõem a uma medida tão abrangente contra um aplicativo extremamente popular.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que, se aprovado no Senado, sancionaria o projeto de lei, conhecido oficialmente como Lei de Proteção dos Americanos contra Aplicativos Controlados por Adversários Estrangeiros.
A lei proposta exigiria que a ByteDance, controladora do TikTok, vendesse o aplicativo dentro de 180 dias ou ele seria barrado nas lojas da Apple e do Google nos Estados Unidos.
A medida também daria ao presidente dos EUA o poder de designar outras aplicações como uma ameaça à segurança nacional se forem controladas por um país considerado hostil aos Estados Unidos.
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