Delegado André Coltro assume o caso e tem 20 dias para cumprir novas diligências solicitadas pelo MPSC
Foto: Divulgação CBMSC
A Polícia Civil de Santa Catarina retomou as investigações sobre o acidente de balão que deixou oito mortos em Praia Grande, no Sul do Estado. A nova fase foi aberta após um pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e será conduzida pelo delegado André Coltro, que recentemente assumiu a Delegacia de Santa Rosa do Sul.
Segundo o delegado, o órgão ministerial requisitou novas diligências e complementos aos laudos periciais, além de uma possível reprodução simulada do voo que terminou em tragédia. O prazo para conclusão dessa etapa é de 20 dias.
O primeiro inquérito, encerrado em outubro, não havia apontado responsáveis pelo acidente ocorrido em 21 de junho, quando o balão pegou fogo durante um passeio turístico na região conhecida como a Capadócia brasileira. O piloto e mais 12 passageiros sobreviveram, enquanto oito pessoas morreram, quatro delas carbonizadas e outras quatro após saltarem do cesto em queda.
Ainda na última semana, o delegado Rafael Gomes de Chiara, que havia sido responsável pela investigação inicial, foi exonerado do cargo, pelo Governo Estadual.
A investigação anterior concluiu que não havia provas de conduta dolosa ou culposa que justificassem indiciamentos. Agora, com a reabertura do caso, a Polícia Civil busca esclarecer pontos pendentes e verificar se novos elementos técnicos podem alterar as conclusões.
A empresa operadora do voo, havia suspendido suas atividades logo após o acidente e segue colaborando com as autoridades. O Brasil ainda não possui regulamentação federal específica para o balonismo comercial, o que levanta discussões sobre a segurança e a fiscalização da atividade turística.
Com a nova apuração, o Ministério Público pretende ampliar a análise pericial e revisar todos os aspectos que cercaram o desastre, desde a manutenção do equipamento até os protocolos adotados durante o voo.
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